Leonardo Giordano, presidente da CPI – Foto: Divulgação
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Enel, da Câmara Municipal de Niterói, quer que a empresa seja responsabilizada criminalmente pela morte de um homem, eletrocutado por um cabo solto da empresa, no último domingo (8), no Morro do Preventório. A vítima foi identificada como Edivan Reis, de 34 anos.
Segundo o presidente da CPI, vereador Leonardo Giordano (PCdoB), a comissão enviou requerimento de persecução penal contra a empresa ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e à Polícia Civil. O caso está sendo investigado pela 79ª DP (Jurujuba). O parlamentar ainda confirmou que a CPI foi prorrogada.
“A gente aprovou a prorrogação da CPI e eu estou fazendo um pedido para que a Polícia e o Ministério Público investiguem a responsabilidade criminal da empresa na morte do Edivan do Preventório, que é um caso intolerável, inadmissível. Por isso que a gente está tomando medidas assim”, disse Giordano.
O requerimento enviado ao MP e PCERJ – Foto: Divulgação
Segundo o requerimento, desde sábado (7), a empresa vinha sendo acionada por moradores sobre o cabo energizado solto já Travessia Santa Cândida, onde Edivan morreu. Contudo, a empresa não enviou equipes.
“Leia mais notícias sobre Niterói aqui”
O morador foi eletrocutado no domingo, por volta das 7h. Segundo o requerimento, apenas após a morte de Edivan, a empresa enviou técnicos para resolverem a situação. O documento ainda destaca que, enquanto agentes da Enel não chegavam, os próprios moradores fizeram uma barreira de contenção no local.
Procurada, a Enel afirmou que lamenta profundamente o acidente ocorrido com um homem na entrada da Comunidade do Preventório e informou que está prestando assistência aos familiares.
Em relação às queixas de demora, a empresa disse que, devido às fortes chuvas, a empresa registrou um forte aumento de ocorrências simultâneas na cidade num curto espaço de tempo.
A Enel afirma que chegou a aumentar em nove vezes o número de equipes nas ruas em comparação com um dia normal, para conseguir atender a todas as solicitações no menor prazo possível. Apesar da mobilização de todo esforço adicional, a atuação das equipes foi prejudicada pela gravidade das ocorrências, como quedas de árvores e áreas alagadas na cidade.
