Estado do Rio de Janeiro

CPI da Alerj ressuscita Instituto Félix Pacheco

CPI da Alerj ressuscita Instituto Félix Pacheco

Sede do IIFP – Foto: Thiago Lontra/Alerj

Todo mundo tem um parente mais velho que tinha, ou possui até hoje, uma carteira de identidade emitida pelo Instituto de Identificação Felix Pacheco (IIFP), antigo responsável pelo serviço, hoje administrado pelo Detran. O que poucos sabem é que a unidade continua ativa e, nesta quinta-feira (9), recebeu a visita da A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Reconhecimento Fotográfico nas Delegacias, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

Atualmente, o IIFP tem sua atuação voltada à perícia papiloscópica. À CPI, o diretor da unidade, Alexandre Trece Motta, revelou que a unidade está estudando uma ferramenta com uso de inteligência artificial para reduzir erros durante o procedimento de identificação de pessoas.

De acordo com o diretor do IIFP, o Serviço de Representação Facial Humana do instituto propôs, ao comando da Polícia Civil, o uso de um quadro com seis fotografias, no qual o retrato do suspeito seria colocado junto a outros cinco, de pessoas com características físicas similares, mas gerados por inteligência artificial.

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Dessa forma, a chance de um inocente ser apontado de forma equivocada pela vítima de um crime diminuiria. Além disso, o policial responsável por apresentar as imagens não saberia qual delas é a do acusado, evitando que o reconhecimento seja enviesado.

CPI da Alerj ressuscita Instituto Félix Pacheco

CPI visitou IIFP nesta quinta – Foto: Thiago Lontra/Alerj

A presidente da CPI, deputada estadual Renata Souza (PSol), elogiou a proposta, mas destacou a importância da participação humana no processo e da realização de perícia nas fotografias utilizadas.

“A tecnologia não pode suprir a necessidade de haver um perito numa análise sensível sobre uma imagem. O IIFP está apresentando uma proposta para que eles possam periciar as fotografias, mas, hoje, não temos protocolos ou diretrizes que garantam que esse trabalho seja feito nas imagens e álbuns. Faz-se necessários mais investimento e orçamento para a perícia”, afirmou a presidente da CPI.

A Comissão detectou, ainda, problemas de infraestrutura no edifício-sede do IIFP, localizado no Centro do Rio de Janeiro. Para a presidente da CPI, melhorias são necessárias para implementar as novidades propostas.

“O prédio tem a infraestrutura delicada e inadequada para os arquivos armazenados. Pudemos ver que há áreas com mofo. Estamos falando tanto de tecnologia, mas a gente precisa garantir que os prédios tenham um aporte tecnológico que garanta o melhor trabalho desses servidores, cujo número não supre as necessidades no que diz respeito ao quantitativo de pessoal”, comentou Renata Souza.

 

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