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Covid-19 segue mais letal que a dengue no Brasil em 2024

Covid segue mais letal que a dengue no Brasil em 2024

Foto/ Fernando Frazão

Os casos de dengue aumentaram no Brasil em 2024, a ponto de o estado do Rio de Janeiro decreter epidemia. Contudo, segundo dados do Ministério da Saúde, a covid-19 ainda é mais letal do que a doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypt.

A covid-19 causa 10,8 vezes mais óbitos no país que a dengue. Até o fechamento da sétima semana epidemiológica, em 17 de fevereiro, o Brasil confirmou 122 mortes pela dengue. Em contrapartida, 1.325 pessoas morreram por conta da covid-19.

É importante frisar que ainda há 456 óbitos em investigação sob suspeita de dengue. Contudo, mesmo se houver a confirmação de todos, a quantidade de óbitos causados pela covid-19 seguirá maior, com larga vantagem.

Situação menos alarmante

O panorama atual da situação do coronavírus não suscita o mesmo nível de alarme observado em fases anteriores da pandemia. Em maio do ano passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) encerrou a designação de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) relacionada à doença.

A conjunção de esforços na maior campanha de vacinação global já implementada é notável, totalizando mais de 13,5 bilhões de doses administradas até o momento. Segundo dados do Our World in Data, da Universidade de Oxford, aproximadamente 70,6% da população mundial recebeu pelo menos a primeira aplicação da vacina.

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Essa abordagem abrangente resultou em uma significativa redução na taxa de mortalidade. No Brasil, a média de óbitos por Covid-19 a cada 7 dias, com base nos dados das últimas quatro semanas epidemiológicas, é de 192. Comparando com o mesmo período do ano anterior, quando esse número era de 448, verifica-se uma redução de 57%. Em contraste, durante o auge da pandemia em abril de 2021, quando a imunização progredia lentamente no país, o Brasil chegou a registrar uma média semanal de 19.731 óbitos – mais de 100 vezes superior à taxa atual.

Escalada da dengue

Apesar da melhoria na situação da covid-19 nos últimos anos, os registros de dengue estão atingindo níveis recordes, gerando preocupações entre as autoridades de saúde. Com mais de 740 mil casos confirmados em menos de dois meses deste ano, essa cifra representa quase a metade de todos os diagnósticos registrados ao longo de 2023 – 1.658.816. Além disso, supera de maneira expressiva os números de anos anteriores, como 2021, 2018 e 2017.

Dengue: Calendário de vacinação definido para esta semana

Foto: Pixabay

De acordo com as estimativas do Ministério da Saúde, a projeção para o ano indica que o país poderá alcançar 4,2 milhões de pessoas infectadas até o final do ano, o que representa um aumento de 149% em relação ao pior ano da série histórica até o momento, que foi em 2015. Diante desse cenário, pelo menos seis estados (Minas Gerais, Acre, Goiás, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Santa Catarina), juntamente com o Distrito Federal, e três capitais (Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Florianópolis), já decretaram estado de emergência em saúde.

Especialistas apontam que a maior disseminação da dengue pode ser atribuída a fatores como a introdução de novas variantes do vírus no país, o impacto das mudanças climáticas e a falta de implementação de medidas preventivas ao longo do ano.

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