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Coronel da PM lança obra sobre o Caveirão neste sábado (12) em Niterói

Foto: Divulgação.

Há quem o defenda e tem quem o critique. Mas uma coisa é certa. Todos conhecem o veículo blindado da Polícia Militar do Rio que realiza operações em áreas de risco, o popular caveirão. E neste sábado (12), a partir das 16 horas, a Livraria Shoffer, em Icaraí, na Zona Sul de Niterói, recebe o lançamento de um livro que conta a história dele: “A História do Caveirão e do GAM da PMERJ pelo seu Criador”, escrito pelo coronel veterano da PMERJ, Wilton Soares Ribeiro.

A publicação traz uma análise sob a perspectiva de quem alcançou o topo da carreira e implementou mudanças estruturais na instituição. O autor detalha o contexto histórico e os avanços proporcionados pelo Grupamento Aeromóvel (GAM). Em conversa com o portal Folha do Lesta, Ribeiro relembra que a criação do veículo se fez necessária por causa do aumento da violência contra policiais.

A necessidade impulsiona o homem em busca de soluções. O advento do fFuzil de guerra multiplicando-se nas mãos de  criminosos violentos em nosso Estado, matando Policiais e pessoas inocentes, levou-me a ter certeza da necessidade de criar um ” Colete à Prova de Balas Coletivo”, capaz de proteger minha Tropa contra o novo inimigo . Daí surgiu o Caveirão.” recordou.

O veterano da PM reforça que a criação contou com o apoio de todos os que participaram do processo à época. Além disso, analisa o papel que o veículo tem no presente.

Percebi que, apesar de mais de vinte anos da criação, essa ferramenta de trabalho policial ainda é indispensável no combate ao crime. E não só em nosso Estado, infelizmente é em todo o Brasil. Ocorreram também ao longo dos anos muito embuste falado e escrito por neófitos e oportunistas a respeito do Caveirão, então nada como estabelecer oficialmente os parâmetros da verdade a respeito dessa criação”, afirmou Ribeiro.

Coronel Ribeiro (à direita da foto) em frente ao veículo durante o recebimento de uma premiação. Foto: Divulgação.

Amizade de décadas com um dos fundadores do Bope

É impossível falar do tema sem citar o Batalhão de Operações Policiais Especiais, o Bope. Ribeiro fala com carinho de um dos fundadores da elite da Polícia Militar Fluminense, o coronel Paulo Amêndola, que foi autor do livro “Fibra de Herói”. Na obra, ele homenageia Ribeiro em um capítulo da obra.

Nossa amizade vem desde 1975, quando da Fusão entre as duas Polícias , ele Capitão e eu Tenente. Nessa ocasião ele , sabedor que eu era formado no Curso de Guerra na Selva , no Amazonas, convidou-me e eu aceitei, para ser Instrutor dos Cadetes da antiga Escola de Formação de Oficiais. Passados três anos , fiz parte de sua equipe que , em 1978, fundou o Nu/ COE ( Núcleo da Companhia de Operações Especiais), hoje BOPE. Fui instrutor dos três primeiros COESP( Curso de Operações Especiais) das matérias de Técnica de Patrulha Urbana e Rural e Sobrevivência na Selva, que deram origem aos famosos Caveiras. Essa amizade permanece até os dias de hoje , tendo ele sido muito gentil ao homenagear-me com um capítulo inteiro, de seu livro, totalmente sobre minha trajetória na PM e intitulado Fibra de Herói”, comenta.
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Diante de histórico em participar da criação do veículo, a reportagem perguntou ao coronel Wilton Ribeiro a opinião dele sobre a suspeita de irregularidades na compra de blindados pelo estado do Rio em 2020 e pelo Ministério da Justiça em 2022. Em ambos os casos, a empresa que venceu as licitações foi a mesma, Combat Armor.
Embora afirme “desconhecer essas informações”, ele afirma que é necessário que todo o processo de compra pública precisa ter transparência. Além disso, ele relembra que o veículo teve impacto no combate ao crime em outros países da América Latina.
Muitos anos se passaram. Em razão disso, desconheço essas informações. Mas meu posicionamento foi, é, e sempre será o seguinte. A coisa pública tem que ser tratada no legítimo e estrito norte da honra e do pundonor militar. Aproveito a ocasião par registrar que em meu primeiro livro, lançado em 2023, “Recuerdos de La Rep Dom”, conto a saga de jovens de Niterói e São Gonçalo, que dormiram, aos seus 18 anos, servindo a Pátria no Terceiro Regimento de Infantaria na Venda da Cruz, em São Gonçalo, e acordaram na América Central, Caribe e República Dominicana, permanecendo sete meses lá defendendo a democracia. Selva!”, finaliza.

Foto: Divulgação.

SERVIÇO

Lançamento do livro “A História do Caveirão e do GAM da PMERJ pelo seu Criador”
Data: 12 de abril (sábado)
Horário: 16 horas.
Local: Livraria Shoffer
Endereço: Rua Ator Paulo Gustavo (antiga Cel Moreira Cezar), n 211, Icaraí, Niterói.
Entrada franca

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