
Créditos: Thais Magalhães – CBF
Se a seleção brasileira feminina de futebol está sofrendo com o corte da atacante Nycole da Copa do Mundo, talvez seja a hora de se repensar o esquema de preparação das jogadoras. Várias estarão fora do Mundial por contusão. No caso de Nycole, que atua no Benfica, desta vez, o problema foi uma entorse no tornozelo esquerdo durante um jogo-treino contra uma equipe masculina sub-15 australiana, mas várias outras jogadoras, de outras seleções, também sofreram contusões.
O ligamento cruzado anterior (LCA) foi responsável pela ausência de nada menos do que oito atletas neste Mundial: as brasileiras Ludmila (atacante) e Lorena (goleira), as norte-americanas Macario e Christen (ambas atacantes), as inglesas Mead (atacante) e Leah (volante), a holandesa Vivianne (atacante) e a francesa Katoto (também atacante). “Isso demonstra que algo está incorreto na preparação das jogadoras. Talvez se esteja dando uma carga excessiva de trabalho para organismos não preparados para tamanha intensidade”, explicou renomado ortopedista, pedindo para não ser identificado.
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Nycole foi cortada já na Austrália, sendo imediatamente substituída por Angelina, que já acompanhava a delegação – devido à questão do fuso, para facilitar a preparação e pensando em problemas eventuais o Brasil viajou com 26 jogadoras, sendo que apenas 23 foram previamente inscritas. Foi o segundo corte de Nycole da seleção brasileira este ano: em abril, durante os treinos para a Finalíssima (jogo entre o campeão das Américas, o Brasil, e o campeão europeu, Inglaterra) ela já fora afastada por causa de uma sinovite no joelho.
A própria Nycole já teve problemas no ligamento cruzado anterior durante sua passagem pelo time português, onde a quantidade de jogos é muito maior do que no Brasil (no futebol europeu de modo geral) e os treinos exigem bem mais das atletas que não possuem, de modo geral, formação capaz de resistir à intensidade das novas atividades.