O primeiro Congresso Nacional de Manguezais (ConMangue), recebeu o Selo Prima Consciência Climática. O encontro tem produção da ONG Guardiões do Mar, e acontece em Niterói, neste mês de julho, com apoio da Prefeitura.
A certificação de neutralização de carbono resulta de um levantamento de todas as emissões de gases que contribuem para o efeito estufa previstas durante o evento. De igual forma, a partir de um cálculo seguro, garante a compensação ambiental do carbono emitido.
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O congresso acontece de 17 a 20 de julho de 2023, na Sala Nelson Pereira dos Santos, em São Domingos. Todavia, para reduzir os impactos gerados, a ONG plantará mudas de mangue em uma área de um hectare da Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim.
“Oportunidade única”
De acordo com Axel Grael, prefeito de Niterói, a realização do ConMangue na cidade será uma oportunidade única.
Realizar o Congresso Nacional de Manguezais em Niterói é uma iniciativa que tem tudo a ver com nossas políticas públicas que ajudam a preservar nosso meio ambiente e nosso ecossistema. Vamos incluir a sociedade no debate em torno desses ambientes que estão em constante modificação e integram importantes berçários de nossa fauna”, ressalta o prefeito.
Assim sendo, o ConMangue reunirá cientistas, educadores, comunidades tradicionais, atores governamentais e sociedade civil. Primordialmente, com o objetivo de promover o conhecimento científico e intercâmbio de ideias. E, ainda, visando estimular a conservação e o manejo sustentável desse ecossistema.
As atividades celebram o Dia Mundial de Proteção aos Manguezais e 25 anos da ONG Guardiões do Mar.
Dados como quantidades de energia elétrica, gás de cozinha, resíduos orgânicos, consumo de internet e água, número de fumantes, quilometragem e tipos de combustíveis utilizados na condução dos participantes, entre outros itens, entram no levantamento e cálculo do carbono emitido.
Desta forma, Rodrigo Gaião, gerente do projeto, diz que a certificação de neutralização de carbono do ConMangue dá maior propósito ao encontro.
Todo evento impacta a natureza e compensaremos o nosso com o plantio de mudas de mangue. Por isso a importância dessa certificação para que saibamos o impacto real da atividade ao meio ambiente e possamos compensá-lo”, destaca Rodrigo Gaião.
Em parceria com a Rede Nacional de Manguezais (Renaman), palestrantes nacionalmente reconhecidos, de, pelo menos, dez estados, estão confirmados na programação.
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Como exemplo, Lenine (cantor e ativista ambiental), Alexander Turra (Unesco), Alaildo Malafaia (Cooperativa Manguezal Fluminense), Ana Paula Prates (Diretora do Departamento de Oceano e Gestão Costeira MMA), Axel Grael (prefeito de Niterói), Flávio Lontro (Coordenador Nacional da Confrem), Paulina Chamorro (Liga das Mulheres pelos Oceanos), Tatiana Alves (APA de Guapimirim), Ecomuseu Natural do Mangue, Fundação O Boticário, Luthando pela Vida, Mangues da Amazônia, Oceanpact, Quilombo do Feital e demais integrantes da Rede Nós na Guanabara, além de renomados pesquisadores.
Dia Mundial de Proteção aos Manguezais
Celebra-se, então, o Dia Mundial de Proteção aos Manguezais em 26 de julho. Trata-se, portanto, da principal data para impulsionar a sensibilização e encorajar ações. Sobretudo, em prol da proteção ambiental desse ecossistema em todo planeta.
Durante o ConMangue, o público também poderá contar com uma feira agroecológica de comunidades tradicionais. com diversas atividades, na área externa do espaço. Entre as atrações estão a venda de artesanatos, quitutes, artigos indígenas e caiçaras, além da apresentação cultural do grupo Zé Mussum.
Os manguezais podem desagradar os olhares à primeira vista, mas merecem toda atenção e cuidado. Isso porque, com a proteção dos mangues, garantimos a conservação da socio biodiversidade, ou seja, para a fauna, flora e pessoas que vivem nele e dele, além de fomentar o desenvolvimento socioeconômico”, explica Pedro Belga, coordenador do Projeto Do Mangue ao Mar.
Do Mangue ao Mar
O Projeto Do Mangue ao Mar, realizado pela ONG Guardiões do Mar, une diversos segmentos. Dentre os quais, ambientalistas, lideranças e juventude de comunidades tradicionais (pescadores artesanais, caiçaras, catadores de caranguejo, indígenas e quilombolas). Em convênio com a Transpetro, primordialmente, fomentam o protagonismo dos povos do mar.
Primordialmente, buscam soluções para os problemas socioambientais diagnosticados, incentivam o turismo de base comunitária com a valorização da cultura local, além de realizarem formações continuadas, atividades de educação ambiental crítica, pesquisas e eventos no entorno das Baías de Guanabara e Sepetiba.
Desta forma, vale ressaltar a atuação coletiva na conservação de manguezais. Bem como, na democratização de conhecimento sobre os ambientes costeiros marinhos e, ainda, na valorização de povos tradicionais.
O projeto oferecerá, ainda, pagamento de serviço ambiental para catadores de caranguejo e pescadores artesanais, por meio de transferência de renda. para trabalho de limpeza nos manguezais do recôncavo da Baía de Guanabara.
Esse ambiente representa o último reduto remanescente de manguezal em área contínua do estado do Rio de Janeiro, onde restam apenas cerca de 30% de sua cobertura original.
Serviço:
Congresso Nacional de Manguezais – ConMangue
Data: 17 a 20 de julho, com retransmissão on-line entre os dias 26 de julho a 02 de agosto de 2023
Local: Sala Nelson Pereira dos Santos
Inscrições gratuitas para a transmissão on-line: www.guardioesdomar.org.br
0bs: as inscrições para participação do público no evento presencial já estão encerradas
Feira cultural e agroecológica – aberta ao público em geral