
Confronto entre estudantes e polícia marca desocupação da Uerj | Reprodução
O campus Maracanã da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) segue ocupado por estudantes. Nesta sexta-feira (20), a Justiça autorizou o uso da força policial para desocupar o local, caso seja necessário. Agentes do Batalhão de Choque e um oficial de justiça foram deslocados para a área.
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Testemunhas relataram o uso de bombas de efeito moral por parte da polícia para acessar a universidade. A situação gerou tensão nos arredores, com comerciantes da Rua Boulevard 28 de Setembro fechando as portas por precaução. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram cenas de correria, fumaça e viaturas da Polícia Militar.
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Em resposta à ação policial, manifestantes incendiaram pneus na Avenida Rei Pelé, bloqueando o trânsito na via. Até o momento, não há informações sobre feridos. Durante o confronto, o deputado federal Glauber Braga (Psol) foi detido. Ele apoiava o ato de ocupação quando foi levado, junto com três estudantes, para a 18ª Delegacia de Polícia (Praça da Bandeira).
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A ordem de desocupação foi emitida após uma audiência de conciliação realizada na terça-feira (17), que terminou sem um acordo entre estudantes e representantes da Uerj. A principal pauta da audiência foi a mudança nos critérios para concessão de bolsas e auxílios estudantis. Segundo a Uerj, o diálogo foi interrompido por um grupo de estudantes que utilizou instrumentos de percussão.

Confronto entre estudantes e polícia marca desocupação da Uerj – Vídeos | Reprodução
O Ato Executivo de Decisão Administrativa (Aeda 038/2024), que altera os critérios para a concessão de bolsas e auxílios, é o ponto central do protesto. Entre as mudanças estão a substituição do auxílio-alimentação por refeições gratuitas no bandejão para cotistas e a redução em 50% do auxílio para materiais didáticos, que agora será de R$ 600 por semestre.
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Estudantes afirmam que aproximadamente 5 mil alunos serão afetados pelas novas regras e denunciam atrasos nos pagamentos dos benefícios. Eles alegam ainda que a reitoria, antes da eleição, havia prometido manter os auxílios estudantis.