Créditos: Agência Brasil
A renomada escritora mineira, Conceição Evaristo, figura de destaque na literatura brasileira contemporânea, recebeu uma honraria que a consagra ainda mais: foi eleita imortal da Academia Mineira de Letras (AML). O anúncio dessa distinção foi feito nesta quinta-feira (15), marcando um momento histórico para a literatura e a cultura do país. A solenidade de entrega do título está marcada para o dia 8 de março, data emblemática em que Conceição assumirá a cadeira de número 40, que antes pertencia à saudosa professora doutora, poeta e crítica literária, Maria José de Queiroz, falecida em novembro do ano passado.
A notícia foi recebida com grande entusiasmo pela AML, que expressou sua alegria em receber uma das vozes mais proeminentes da literatura contemporânea não apenas do Brasil, mas reconhecida mundialmente. “Com imensa alegria que a Academia Mineira de Letras recebe sua nova integrante, a ensaísta e ficcionista mineira Conceição Evaristo, um dos nomes mais importantes da literatura brasileira contemporânea, em todo o mundo”, destacou a instituição ao anunciar a novidade.
Conceição Evaristo passou por um processo seletivo rigoroso, competindo com outros cinco candidatos, e foi eleita com uma expressiva votação de 30 votos, entre os 34 votantes. A cadeira que a escritora ocupará foi fundada pelo médico psicanalista Pinto de Moura e tem como patrono o político Visconde de Caeté.
Jacyntho Lins Brandão, presidente da Academia Mineira de Letras, ressaltou a importância da escritora para a comunidade, destacando sua trajetória como professora, romancista e poeta, amplamente celebrada no Brasil e no exterior. “A chegada de Conceição Evaristo à Academia Mineira de Letras, além do reconhecimento de sua trajetória, tem também o sentido de impregnar esta casa com suas qualidades e história de vida, essa prática da literatura por ela denominada escrevivência, profundamente marcada por Minas e por Belo Horizonte”, enfatizou.
Este reconhecimento se soma a outros que Conceição recebeu recentemente, como o título de imortal da Academia Brasileira de Cultura, onde ocupou a cadeira 34, que tem Machado de Assis como patrono. Em uma ocasião anterior, a escritora expressou sua gratidão e determinação ao afirmar: “Eu estou aqui pois ‘a gente combinamos de não morrer'”. Sua presença em instituições tão prestigiosas destaca não apenas seu talento literário, mas também sua contribuição para a diversidade cultural e para a representatividade das vozes marginalizadas na sociedade brasileira.
