Niterói debate governança da Baía de Guanabara em cine especial | Divulgação/Evelen Gouvêa/Prefeitura de Niterói
A governança da Baía de Guanabara voltou ao centro das discussões em Niterói nesta sexta-feira (6), com a realização do “Cine Debate: A Governança da Baía de Guanabara”, no auditório da Prefeitura. O evento reuniu gestores públicos, representantes da pesca, ambientalistas e membros da sociedade civil.
A atividade contou com a exibição da série documental Espelhos da Baía, que retrata os desafios e pressões ambientais enfrentadas por este importante ecossistema fluminense. A iniciativa integra o projeto PEA Redes da Baía, com apoio da Prefeitura de Niterói, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Revitalização do Centro (Seden).
Entre os presentes estavam Axel Grael, consultor estratégico para temas ambientais, e Luciano Paez, subsecretário do Clima, Defesa Civil e Resiliência, ambos representando a atual gestão. Eles reforçaram o compromisso do município com políticas sustentáveis para o estuário.
“A governança da Baía sempre foi uma prioridade para Niterói, e acompanho com atenção esse tema. É gratificante ver como o tema vem sendo tratado com seriedade e compromisso. Fico especialmente satisfeito em ver a presença de representantes da pesca, da Marinha, da Prefeitura e dos profissionais envolvidos na dragagem do Canal de São Lourenço neste cine-debate. Precisamos fortalecer essa visão coletiva, que une desenvolvimento e preservação, para garantir o cuidado com o nosso ecossistema”, destacou Fabiano Gonçalves, secretário de Desenvolvimento.
Durante o encontro, foram discutidos os impactos do tráfego de embarcações, a dragagem do Canal de São Lourenço, a valorização da pesca artesanal e o histórico de ações como o Enseada Limpa.
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Segundo Axel Grael, a cidade tem avançado ao incorporar a Baía ao seu plano diretor e desenvolver programas que combinam conservação ambiental com desenvolvimento urbano.
“Eu acompanho a conservação da Baía da Guanabara desde a década de 1970, quando criamos o Movimento de Resistência Ecológica (MORE). Na época, as fábricas de sardinha que ficavam em Jurujuba enchiam as águas de óleo. Desde então, já tivemos vários avanços nessa área. Em Niterói, o município tomou a frente e incorporou a Baía ao seu plano diretor. Já fizemos, por exemplo, o Enseada Limpa, programa de despoluição, iniciamos a dragagem do Canal de São Lourenço, uma ação importante pros estaleiros e pros pescadores, vamos lançar o inventário faunístico da enseada de Jurujuba e mais. Acredito que esse Cine Debate se junta a essa história pela conservação da Baía”, afirmou Axel Grael, consultor estratégico para temas ambientais, do clima e para elaboração do Plano Estratégico Niterói Que Queremos 2050.
Niterói debate governança da Baía de Guanabara em cine especial | Divulgação/Evelen Gouvêa/Prefeitura de Niterói
A série documental exibida traz a perspectiva de pescadores, cientistas e ativistas, refletindo os diferentes usos da baía e os conflitos causados pela presença industrial e urbana.
Luciano Paez reforçou a importância da articulação entre os setores:
“Sem sombra de dúvidas, juntar a sociedade organizada com os pescadores e usuários das águas e as empresas e instituições interessadas ao poder público é o melhor formato para pensarmos a Baía de Guanabara. As responsabilidades precisam ser compartilhadas, dentro das competências de cada um. Acredito que esse debate é importante para pensarmos juntos o futuro”, reforçou o subsecretário do Clima, Defesa Civil e Resiliência.
