
Dia do Orgulho Autista: Centro de Diagnóstico do Governo do Estado já realizou mais de 5 mil atendimentos | Divulgação/Governo do Estado do Rio
O Centro de Diagnóstico para o Transtorno do Espectro Autista (CedTEA), unidade pioneira da rede pública do Governo do Estado do Rio, já realizou mais de 5 mil atendimentos desde sua inauguração, há pouco mais de um ano. A informação reforça a importância do serviço neste Dia do Orgulho Autista, comemorado em 18 de junho.
Localizado na Gávea, na Zona Sul do Rio, o CedTEA é especializado no diagnóstico de crianças e adolescentes com suspeita de TEA. A unidade oferece atendimento humanizado, acolhimento, suporte às famílias e uma equipe multidisciplinar composta por neurologista, psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, nutricionista e assistente social.
Cenário do autismo no Rio de Janeiro
Segundo dados do IBGE, o estado do Rio tem 214.637 pessoas diagnosticadas com autismo, o terceiro maior número do país. No Brasil, são mais de 2,4 milhões de pessoas com TEA, o que representa 1,2% da população.
“Não há um padrão para quem tem TEA. O atendimento precisa ser individualizado. Aqui no CedTEA, os familiares recebem orientação para que ocorra um diagnóstico ideal. O trabalho para diagnosticar começa no acolhimento, com um atendimento humanizado” explica a superintendente de Cuidado das Pessoas com Transtorno do Espectro Autista, da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), Michelle Gitahy.
Como funciona o atendimento
O CedTEA possui uma estrutura com seis consultórios, dois ginásios terapêuticos, sala de acolhimento e espaço de capacitação, com capacidade para até 100 atendimentos por semana.
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Desde a inauguração, foram 5.132 consultas realizadas, atendendo 995 pacientes, dos quais mais de 500 já receberam o laudo confirmando o diagnóstico de TEA. O processo inclui, em média, seis retornos e pelo menos 12 avaliações com diferentes especialistas antes da emissão do laudo.
Apoio às famílias: rodas de conversa
Além dos atendimentos médicos, o CedTEA também promove rodas de conversa com responsáveis, especialmente mães, que compartilham suas vivências, desafios e conquistas no processo de diagnóstico e acompanhamento dos filhos.
“É uma forma de abraçarmos essas mães que chegam sobrecarregadas e com dúvidas sobre o Transtorno do Espectro Autista. É um local de escuta para quem, na maioria dos casos, não tem com quem interagir e desabafar seus problemas” avalia Michelle Gitahy.
A babá Luciene Lopes da Silva, mãe de Ana Carolina, de 9 anos, relata as transformações que percebeu após quatro meses de atendimento no CedTEA.
“Minha filha volta para casa muito mais calma, depois que faz as visitas. O comportamento dela mudou bastante” relata Luciene, que também se interessou em participar das rodas de conversas.
Como acessar o CedTEA
O acesso ao serviço é feito por encaminhamento de uma unidade de saúde básica, mediante regulação pelo SER (Sistema Estadual de Regulação) ou Sisreg (Sistema Nacional de Regulação).
📍 Endereço: Avenida Padre Leonel Franca, 248 – 1º andar – Gávea, Rio de Janeiro (RJ).