Niterói transforma casarão no novo Centro Cultural Cauby Peixoto | Divulgação/Evelen Gouvêa/Prefeitura de Niterói
A transformação de um casarão antigo em um moderno equipamento público marca a nova fase do Fonseca, na Zona Norte de Niterói. Como parte do programa Prefeitura Móvel, o espaço está em reta final de obras para se tornar o Centro Cultural Cauby Peixoto. A previsão de inauguração é para o aniversário da cidade, em 22 de novembro de 2025. A iniciativa integra serviços públicos e investimentos estratégicos para a região.
O casarão, antes esquecido no tempo, começa a ganhar vida nova com salas multifuncionais, auditório com acessibilidade para 240 pessoas, biblioteca, brinquedoteca, coworking e espaço de memória. O investimento da Prefeitura de Niterói chega a R$ 16,8 milhões, com atuação direta da Empresa de Infraestrutura e Obras de Niterói (ION).
“O Aprendiz Musical é o maior programa de iniciação musical do Brasil. Temos mais de dez mil jovens, crianças e adolescentes que aprendem a tocar instrumentos musicais, violino, violoncelo, música popular dentro das escolas municipais de Niterói. A gente sabe que a educação e a cultura são instrumentos fundamentais de transformação social, de redução das desigualdades. É por isso que Niterói acredita muito na educação e na cultura. Agora a gente também vai ter salas de música nas escolas municipais, ampliando esse projeto cada vez mais”, destacou Rodrigo Neves.
Durante visita nesta quarta-feira (28), o prefeito Rodrigo Neves ressaltou o papel cultural e simbólico da obra. Ao lado de secretários e gestores municipais, percorreu cada cômodo revitalizado, destacando os vitrais restaurados e o anexo com teatro.
Niterói transforma casarão no novo Centro Cultural Cauby Peixoto | Divulgação/Evelen Gouvêa/Prefeitura de Niterói
A ideia é inaugurar o centro com uma grande homenagem a Cauby Peixoto, artista que dá nome ao espaço e tem suas raízes ligadas à história da cidade.
“O programa está indo muito bem. Temos mais de 300 alunos que frequentam a Casa do Aprendiz com instrumentos específicos, aulas específicas e temos várias orquestras que estão se apresentando na cidade. Tenho muito orgulho de ter na cidade o maior programa de música em escola pública do país. Mais de 10 mil alunos, já com muito resultado e 20 professores do programa são oriundos do próprio projeto”, afirmou o secretário de Economia Criativa e Ações Estratégicas, André Diniz.
A agenda também incluiu uma visita à sede do Aprendiz Musical, localizada no Bairro Chic. O programa é reconhecido como o maior de iniciação musical em escolas públicas do Brasil. Mantido pela Prefeitura em parceria com a Secretaria de Educação, atende mais de dez mil estudantes da rede municipal.
As salas ecoavam acordes de músicas clássicas e populares. A orquestra infantil abriu a manhã com “We Will Rock You”, do Queen, e “Ode à Alegria”, de Beethoven. Professores, alunos e pais compartilharam histórias de transformação por meio da música.
+ MAIS NOTÍCIAS DE NITERÓI? CLIQUE AQUI
Diogo Moura, ex-aluno do projeto e hoje professor, relembrou sua trajetória desde a flauta doce no Morro do Céu até a UFRJ. “Procuro devolver às crianças o que recebi aqui. É mais do que ensinar música, é construir futuros”, contou.
“Desde que comecei a dar aula, tento devolver um pouquinho para essas crianças o que o Aprendiz fez por mim. Vou passando conhecimento e ganhando muito carinho. Sempre digo que eles são como meus irmãos mais novos porque a gente é fruto da educação e da música”, disse o professor, que também dá aulas nas escolas Júlia Cortines e Paulo Almeida Costa.
A estudante Alissa Sofia, de 12 anos, sonha em tocar em uma orquestra.
“Aqui é meu lugar favorito. Gosto muito das aulas e quero continuar”, disse.
Niterói transforma casarão no novo Centro Cultural Cauby Peixoto | Divulgação/Evelen Gouvêa/Prefeitura de Niterói
Já José Matsomoto, também de 12, descobriu o violoncelo na escola e se apaixonou. Sua mãe, Luana, vê no projeto um novo caminho para o filho.
“Ele ama isso aqui. Foi ele que escolheu o violoncelo dentro da escola e se apaixonou. Já tem dois anos que ele está no projeto dentro da escola Paulo de Almeida Campos. Sinto que é o futuro dele, porque é uma coisa que ele nunca teve contato. Ele tem dois anos estudando e quer continuar. O projeto é maravilhoso”, disse Luana Matsomoto.
