Em meio ao caos das enchentes no Rio Grande do Sul, o cemitério da cidade de Muçum se tornou um símbolo da devastação. Imagens chocantes mostram ossadas expostas, túmulos quebrados e um cenário de completa destruição.
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Alcides Pereira, coveiro no local há 22 anos, presenciou a fúria das águas como ninguém.
“Esses escombros revirados têm mais de dez toneladas. Aqui embaixo era tudo capela. Aqui ainda tem restos mortais e pessoas embaixo”, relatou ao programa Profissão Repórter da TV Globo.
Contudo, diante da tragédia, a prefeitura de Muçum, liderada pelo prefeito Mateus Trojan, estuda a construção de um novo cemitério em outro local. A medida se torna necessária devido à proximidade do atual cemitério com o rio Taquari, que já o inundou pela terceira vez em menos de um ano.
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Dessa forma, as enchentes no Rio Grande do Sul atingiram proporções épicas, afetando mais de 460 cidades. Assim, Muçum, com seus pouco mais de 4 mil habitantes, não escapou. Cerca de 80% da área urbana da cidade foi inundada, obrigando o remanejamento e realocação de boa parte da população.
Sendo assim, os números da tragédia são brutais: 151 mortos, 806 feridos, 104 desaparecidos, 538 mil desalojados e 77 mil em abrigos públicos. Mais de 2,2 milhões de pessoas sofrem com as inundações.
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Enfim, em meio ao sofrimento, a força-tarefa de resgate e salvamento não dá trégua. Assim, mais de 76,6 mil vítimas já foram resgatadas, 11,9 mil animais foram salvos e 27,6 mil pessoas, 4,4 mil viaturas, 45 aeronaves e 340 embarcações estão em campo para auxiliar a população.