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Cedae emite novo pronunciamento sobre desabastecimento de água

Cedae emite novo pronunciamento sobre desabastecimento de água

Cedae emite novo pronunciamento sobre desabastecimento de água | Divulgação

Atualização 7/4 | 21h

A interrupção no abastecimento de água para Niterói, São Gonçalo, Maricá, Itaboraí, bem como Paquetá, no Rio de Janeiro avançava para o quarto dia, quando o Sistema Imunana-Laranjal voltou a operar, após quase 65 horas parado. Desse modo, a Cedae retomou, às 22h42 de sexta-feira (5), a captação e tratamento de água do Sistema Imunana-Laranjal.

A produção chegou a 100% por volta das 12h de sábado. de sábado (6). A religação foi possível por conta da redução dos níveis de tolueno. Anteriormente, a religação ficou impossibilitada, apesar dos últimos laudos de análise da água apontarem redução dos níveis do poluente tolueno.

Neste domingo, os últimos testes mostram taxa zero de tolueno na água tratada na estação de tratamento do sistema Imunana-Laranjal.

SAIBA MAIS:

Força-tarefa

A captação e distribuição de água estava parada desde às 5h59 de quarta-feira (3). Após reunião de uma força-tarefa criada pelo governador Cláudio Castro, nesta sexta-feira (5/4), para tratar da questão, somente na parte da tarde os trabalhos foram intensificados.

Integram o grupo mobilizado pelo governador as secretarias de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, da Polícia Civil, da Polícia Militar. Além destas pastas, também fazem parte o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a Cedae, a Petrobras e as concessionárias Águas do Brasil e Águas do Rio.

Nesse encontro, ficou definido que Inea, Cedae e Petrobras se comprometeram em ceder maquinário para remover o poluente que está contaminando a água dos rios, ao passo que a Petrobras e a Transpetro vão disponibilizar barreiras de contenção. Por exemplo, recolhedores de oleofílico e vertedouro e mantas absorventes.

Desse modo, teve início o trabalho de isolamento e sucção do composto químico tolueno no ponto do Sistema Imunana-Laranjal, no local onde houve a constatação da poluição do manancial. Até então, houve a colocação apenas de uma barreira.

Ações

Segundo a Cedae, até às 20:30 de sexta-feira, a força tarefa removeu 50 mil litros de água com o produto dos canais às margens do Rio Guapiaçu, em Guapimirim. Houve, ainda a construção de nova barreira de contenção, num outro canal de acesso ao rio. Isso aconteceu, sobretudo, após uma nova avaliação técnica, que identificou indício de derramamento do produto em tal local.

A Cedae disse ainda que a primeira soleira, instalada ontem (quinta-feira, 4), contribuiu para a redução do índice de poluição. Todavia, não foi suficiente para conter o material contaminante. Todo perímetro do manancial poluído por tolueno está isolado, bem como o monitoramento do entorno intensificado.

Lentidão injustificável

Certamente, a demora na adoção de providências, tais como as ações desenvolvidas nesta tarde, aprofundaram a população do Leste Fluminense neste problema. Sequer há indícios dos responsáveis por este colapso humanitário, social e econômico, que submete 2 milhões de pessoas à indignidade.

É justo que a sociedade em geral indague por que não fizeram nada disso antes. Afinal, o que se percebe é uma grande demora para providências tão óbvias. Assim, restou evidente que as tratativas e declarações públicas dadas até o início da tarde desta sexta-feira não produziram efeito prático, já que cisternas, caixas d’água e torneiras permaneceram secas.

Ontem (quinta-feira, 4), o presidente da Cedae chegou a dizer que o sistema seria religado até o final do dia, o que não ocorreu.

 

Tal promessa – mesmo em tom de previsão – induziu diversos meios de comunicação a noticiar que o problema estava próximo de uma solução, o que está longe de ser verdade. Uma declaração, no mínimo, irresponsável, diante da agonia de centenas de milhares de pessoas.

MPRJ

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) cobrou informações da Cedae sobre as medidas adotadas diante da crise. 

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1 Comentário

  1. Prefiro que demore um pouco para normalizar o abastecimento de água, do que corramos o risco na nossa saúde.
    CONFIO nos técnicos, que estarão fazendo o MELHOR pelas nos vidas.

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