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CCBB traz uma viagem no tempo com a exposição que celebra Heitor dos Prazeres, uma lenda do pincel e do compasso

CCBB traz uma viagem no tempo com a exposição que celebra Heitor dos Prazeres, uma lenda do pincel e do compasso

Foto: Patrick Ward – Popperfoto

Heitor dos Prazeres (1898-1966), carioca nascido na região da Pequena África, foi um grande multiartista que deixou sua marca na história. Além de ser um renomado pintor e artista plástico com estilo “arte naïf”, Heitor também se destacou como compositor, cantor e designer de moda e mobiliário. Sua importância para a criação de escolas de samba como Portela, Mangueira e Deixa Falar, que posteriormente deu origem à Estácio de Sá, é inegável.

A exposição “Heitor dos Prazeres é meu nome”, que está sendo realizada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), é uma das maiores retrospectivas históricas da obra do artista. Com mais de 200 trabalhos no campo visual, musical, literário e da moda, a mostra é uma colaboração entre o curador Haroldo Costa, renomado sambista, escritor e ator de 93 anos, Raquel Barreto e Pablo León de La Barra.

Dividida em 10 salas, a exposição é um mergulho profundo na vida e obra de Heitor dos Prazeres. Além das obras de arte, a mostra também conta com reproduções das canções de sucesso do artista, como “Pierrô Apaixonado”, composta em parceria com Noel Rosa, que são tocadas em som ambiente nos espaços.

O estilo “arte naïf”, pelo qual Heitor se destacou, significa “ingênuo” em francês e é atribuído àqueles que não tiveram uma formação acadêmica tradicional. No entanto, a ausência de uma educação formal não impediu que Heitor se tornasse um pintor de excelência. Suas obras retratam de forma vibrante e ritmada os espaços de sociabilidade negra que ele vivenciou, refletindo a realidade pós-escravagista da população negra.

Enquanto as elites do Rio e do Brasil estavam mergulhadas nos valores brancos europeus e na matriz colonialista, Heitor fazia o oposto, retratando em suas obras o que via e vivia como homem negro. Seus trabalhos abordam temas como os fluxos migratórios de africanos e seus descendentes, a transição do campo para a cidade, a religiosidade, a repressão policial, a capoeira, o samba e a afetividade.

A exposição “Heitor dos Prazeres é meu nome” celebra a importância desse grande artista e sua contribuição para a cultura brasileira. É uma oportunidade única para conhecer e apreciar a diversidade de suas habilidades e talentos.

 

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