
Vacinação contra gripe tem baixa adesão e casos graves disparam no RJ | Reprodução
A proximidade do inverno reacende uma preocupação recorrente: o avanço dos casos graves de gripe no RJ. O cenário já é alarmante. Em 2025, o estado notificou 7.931 ocorrências. Destas, 7.237 resultaram em internações e 539 evoluíram para óbito.
Idosos continuam sendo os mais vulneráveis. Pessoas com mais de 60 anos representam 21% das internações, mas concentram quase 70% das mortes. Apenas na 22ª semana epidemiológica, todas as vítimas fatais tinham acima de 60 anos.
Enquanto isso, a adesão à campanha de vacinação permanece crítica. Até maio, apenas 17,5% do público-alvo havia sido vacinado. Entre os grupos prioritários estão crianças pequenas, gestantes, puérperas, indígenas, quilombolas e pessoas em situação de rua.
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Os dados do InfoGripe, da Fiocruz, confirmam a tendência. A influenza A lidera os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e segue crescendo em todo o país. Outro vilão é o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que atinge principalmente crianças e idosos.
A Secretaria de Estado de Saúde do RJ soou o alerta. Em março, a média era de 12 internações por semana. Em abril, o número saltou para 46 – aumento de 283%. Já em maio, a curva acelerou ainda mais, alcançando uma média de 85 internações semanais: crescimento de 85% em relação ao mês anterior.
Comorbidades agravam cenário
A gravidade se intensifica entre idosos com doenças crônicas. Condições como diabetes, DPOC, asma e insuficiência renal potencializam os riscos. Uma infecção viral pode gerar complicações cardiovasculares ou hospitalizações prolongadas.
Vacinar é urgente
A baixa cobertura vacinal representa uma bomba-relógio para os meses mais frios. A vacina é a principal forma de barrar a evolução de quadros leves para doenças graves, além de ser uma estratégia fundamental para reduzir a mortalidade entre os mais vulneráveis.