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Três casos de encefalite equina venezuelana são confirmados em Tabatinga

Três casos de encefalite equina venezuelana são confirmados em Tabatinga | Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Três pessoas — dois homens e uma mulher — foram diagnosticadas com encefalite equina venezuelana pela primeira vez na cidade de Tabatinga (AM), na região do Alto Solimões, em 2025. A informação foi confirmada nesta terça-feira (26) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O monitoramento dos casos é feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A detecção ocorreu por meio da análise do material genético do vírus, realizada pela equipe do estudo FrontFever, e os resultados foram divulgados à comunidade científica.

Tabatinga fica na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru. O virologista Felipe Gomes Naveca, do Instituto Leônidas e Maria Deane, explicou que os casos foram identificados com PCR em tempo real, tecnologia desenvolvida pela Fiocruz, seguida de sequenciamento genético para confirmação.

“Nossos achados identificam o vírus como uma causa subdiagnosticada de doença febril aguda na Amazônia brasileira”, afirmou Naveca.

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A encefalite equina venezuelana é uma doença viral causada por um alphavirus transmitido por mosquitos, que pode afetar humanos e equinos. A inflamação cerebral pode gerar sequelas motoras, cognitivas, comportamentais e emocionais, dependendo da gravidade da infecção.

Ainda assim, a Fiocruz ressalta que a maioria dos casos se apresenta apenas como doença febril, sem consequências graves.

Felipe Gomes Naveca coordena o Laboratório de Arbovírus e Vírus Hemorrágicos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e integra a Rede Genômica da Fiocruz, criada inicialmente para pesquisas sobre o Sars-CoV-2. A rede gera dados sobre vírus e apoia o país no diagnóstico preciso e na produção de vacinas, fortalecendo a prevenção de epidemias.

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