
Caso Marielle: Flávio Dino se manifesta sobre prisão. Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
O ministro da Justiça, Flávio Dino, se manifestou sobre a Operação Élpis, conduzida pelo Ministério Público do Rio e a Polícia Federal, que resultou na prisão do ex-sargento do Corpo de Bombeiros, Maxwell Simões Correa, conhecido como Suel.
Ele seria cúmplice do ex-sargento da Polícia Militar, Ronnie Lessa, responsável pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes.
As investigações apontam que Suel ajudou no descarte das armas utilizadas no crime por parte de Lessa.
“Hoje a Polícia Federal e o Ministério Público avançaram na investigação que apura os homicídios da Vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes”, publicou.
Delação premiada
A operação deflagrada pela Polícia Federal se deu com base na delação premiada do ex-policial militar Élcio Queiroz. A colaboração trouxe novos elementos para a investigação do Caso Marielle. Flávio Dino, afirmou que não há dúvidas de que outras pessoas estão envolvidas nos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Porém, até o momento, os mandantes permanecem desconhecidos.
Durante o debate ‘E agora, Brasil?’, o ministro Flávio Dino destacou a relação entre casos de violência extrema e a disseminação da cultura de ódio nas redes sociais.
Para o ministro, essa conexão, sobretudo, justifica o avanço das investigações e a importância de regulamentar as plataformas digitais. Segundo Dino, a difusão dessa cultura de ódio tem sido intensa na política brasileira nos últimos anos ao passo que está firmemente implantada na internet. Portanto, para ele, se torna fundamental avançar na regulação como forma de prevenir tragédias.
A delação premiada de Élcio Queiroz se mostra como um elemento crucial para a investigação do Caso Marielle, permitindo avanços importantes e a identificação de outras pessoas envolvidas nesse crime hediondo.
O debate sobre a regulamentação das plataformas digitais ganha ainda mais relevância diante da constatação de como o ódio disseminado online pode resultar em consequências trágicas. Ações efetivas nessa área se apresentam como uma medida preventiva para futuros homicídios e crimes relacionados.