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Campos de refugiados em Gaza sofre com bombardeios israelenses

Campos de refugiados em Gaza sofre com bombardeios israelenses

Foto: AFP

Mais de 80 pessoas foram mortas em dois bombardeios israelenses contra um campo de refugiados em Jabaliya, na Faixa de Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas. O primeiro ataque ocorreu em uma escola, resultando na morte de 50 pessoas.
O segundo bombardeio atingiu uma residência e matou 32 pessoas de uma mesma família, incluindo 19 crianças. Imagens verificadas pela AFP mostram corpos cobertos de sangue ou poeira no prédio da escola, onde colchões foram usados como proteção.
A agência da ONU para os refugiados palestinos expressou indignação com o ataque e pediu um cessar-fogo humanitário. O coordenador da OCHA também destacou a tragédia e ressaltou que os refúgios e escolas deveriam ser locais de segurança e ensino.
O Exército israelense não confirmou os ataques, mas informou sobre a ampliação de suas operações na Faixa de Gaza para combater terroristas e atingir a infraestrutura do Hamas.
Em um outro bombardeio em Khan Yunis, 26 pessoas foram mortas. Desde 7 de outubro, os ataques de Israel em retaliação mataram cerca de 12.300 civis palestinos, incluindo 5.000 crianças.

Hospital Evacuado

Neste sábado, o hospital Al Shifa, localizado em Gaza, foi evacuado às pressas. Mais de 2 mil pacientes, médicos e pessoas deslocadas pela guerra foram instadas por Israel a deixar o local “em uma hora”. Segundo as autoridades israelenses, o hospital abriga um centro de comando do Hamas e, por isso, tem sido alvo de incursões há quatro dias.

De acordo com o doutor Ahmed El Mokhallalati, um dos seis médicos que optaram por permanecer no hospital, serão atendidos apenas 120 pacientes que não podem ser transferidos, incluindo bebês prematuros. Acompanhados por pessoal médico, os doentes saíram do hospital a pé e se dirigiram para a rodovia Sal.

Durante o caminho, um jornalista da AFP testemunhou uma cena desoladora, com pelo menos 15 corpos em avançado estado de decomposição, em meio a uma paisagem devastada pelas constantes incursões.

Enquanto os bombardeios continuam, as operações terrestres de Israel na Faixa de Gaza prosseguem. Concentradas no norte do território, na Cidade de Gaza, as ações têm transformado a região em um verdadeiro campo de ruínas. As áreas em volta dos hospitais têm sido especialmente afetadas, com o Exército israelense acusando o Hamas de utilizá-los como bases e colocar os doentes como “escudos humanos”.
Desde 9 de outubro, Israel tem cortado o fornecimento de alimentos, água, eletricidade e remédios que costumavam ser transitados por Rafah, na fronteira com o Egito. De acordo com o Hamas, 24 dos 35 hospitais de Gaza já pararam de funcionar. A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que mais de dois terços dos 2,4 milhões de habitantes de Gaza foram deslocados pela guerra e estão enfrentando a possibilidade imediata de morrer de fome.

Recentemente, após pressão dos Estados Unidos, Israel autorizou a entrada diária de dois caminhões-tanque de combustível em Rafah. Os primeiros 17 mil litros serão utilizados para reativar os geradores elétricos de hospitais e redes de telecomunicações. A negação anterior de passagem de combustível ocorria sob a justificativa de que o Hamas poderia utilizar o material para atividades militares.

As tensões também se estendem à Cisjordânia, onde cerca de 200 palestinos já morreram nas mãos de colonos e soldados israelenses desde o início dos confrontos.

Netanyahu sob pressão

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu está sob pressão interna e externa para aliviar o sofrimento dos civis em Gaza. O Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução solicitando “pausas humanitárias” na guerra. Líderes internacionais, como o chefe de governo alemão, Olaf Scholz, também enfatizaram a necessidade urgente de aliviar a crise humanitária.

Além disso, Netanyahu enfrenta a pressão dos familiares dos sequestrados pelo Hamas, que clamam por um acordo para sua libertação. Uma marcha organizada em Tel Aviv com o lema “Tragam-nos para casa agora” chegou a Jerusalém neste sábado e está se dirigindo ao gabinete do primeiro-ministro.

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