
Bruno Henrique teve pedido negado no STJ e segue investigado por manipular apostas esportivas.Foto: Gilvan de Souza – CRF
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou, nesta terça-feira (22), o pedido da defesa do atacante Bruno Henrique, do Flamengo, para anular a investigação que apura sua suposta participação em um esquema de manipulação de apostas esportivas.
O jogador é acusado de ter forçado um cartão amarelo durante a partida entre Flamengo e Santos, pelo Campeonato Brasileiro de 2023, realizada em Brasília. Segundo o Ministério Público, a intenção seria beneficiar amigos e parentes que teriam apostado no evento específico do jogo.
A defesa alegou que o processo deveria tramitar na Justiça Federal e não na esfera do Distrito Federal. No entanto, o ministro Joel Ilan Paciornik negou o habeas corpus impetrado, alegando que o recurso não se aplica a disputas sobre competência judicial que não impliquem em restrição de liberdade.
“O habeas corpus não é cabível para reexame de prova ou para questões que não afetam diretamente a liberdade de locomoção, como a definição de competência sem reflexo no direito de ir e vir”, escreveu o ministro na decisão.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou Bruno Henrique em junho, assim como ainda investiga amigos e familiares do atleta no esquema. Sobretudo, porque a apuração dos fatos indica que pessoas próximas a ele lucraram com apostas realizadas em plataformas online.
No ano passado, o jogador foi alvo de uma operação conjunta da Polícia Federal, do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e do MPDFT. A ação cumpriu 12 mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados.