A confirmação, nesta sexta-feira (13), da morte da brasileira Karla Stelzer Mendes, de 42 anos, no ataque terrorista do Hamas a um festival de música em Israel, no último sábado, 7 de outubro, chocou o Brasil.
Karla, que era ex-moradora de Saquarema, no Rio de Janeiro, deixa um filho, o saquaremense Caio Stelzer, de 23 anos, que serve ao exército israelense. Ela morou no bairro de São Geraldo. Segundo informações de pessoas próximas à Karla, o jovem nasceu em Saquarema, tendo ido morar em Israel há 5 anos.
O governo brasileiro lamentou a morte de Karla e manifestou seu profundo pesar.
O Governo brasileiro lamenta e manifesta seu profundo pesar com a morte da cidadã brasileira Karla Stelzer Mendes, de 42 anos, terceira vítima fatal brasileira dos atentados ocorridos no último dia 7 de outubro em Israel.
Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Karla, o Governo brasileiro reitera seu total repúdio a todos os atos de violência contra a população civil”, disse o Itamaraty.
Morta por terroristas
Karla Stelzer Mendes estava na rave Universo Paralello, em Israel, quando o ataque terrorista do Hamas começou. Ela estava com o namorado, que também está desaparecido. A ação deixou deixou ao menos 250 mortos e 1.590 feridos
As últimas mensagens enviadas por Karla para a família foram na manhã de sábado, 7 de outubro, no começo do ataque terrorista.
“Estamos bem, mas o lugar está um caos”, disse Karla em uma mensagem.
Em outra mensagem, ela escreveu:
“Estamos escondidos em um banheiro. Ouvimos tiros e explosões.”
A morte de Karla Stelzer Mendes representa a terceira perda fatal do Brasil neste trágico confronto, que choca o mundo e mostra a barbárie da guerra.
Saudades
Karla era uma capoeirista experiente e havia se tornado a primeira instrutora mulher da história da Guarda Negra, um grupo de capoeira de Saquarema.
“Perdemos a nossa primeira Instrutora mulher da história da Guarda Negra (Instrutora Karla Muzenza). Mais uma vítima dessa guerra que ainda acontece entre Israel e Palestina. Descanse em paz, Karla Stelzer. Que o criador lhe receba de braços abertos”, disse Paulo Cesar Carranca, do Grupo Guarda Negra de Capoeira.