BrasilComportamento

Brasil tem queda de 35% no consumo de tabaco desde 2010

Foto: Pixabay

Uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde apresentou um dado positivo em relação ao consumo de tabaco no Brasil. O número de pessoas fumantes caiu 35% no país desde 2010.  O país engrossa lista de 150 países que vêm tendo êxito na redução do tabagismo. A OMS estima 1,25 bilhão de fumantes em todo mundo e até 2025, a meta global voluntária prevê a redução de 30% do uso do cigarro.

O cigarro mata mais de oito milhões de pessoas por ano em todo o mundo e é a principal causa evitável de câncer. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), 443 pessoas morrem por dia no Brasil por doenças desencadeadas pelo cigarro. Apesar da redução no consumo, o número de fumantes ainda é alto entre os brasileiros.

Oncologista clínico do Grupo SOnHe, Vinícius Conceição explica outra situação preocupante: o número de pessoas impactadas pelo cigarro de forma passiva. Dos oito milhões de óbitos pelo cigarro, 1,2 milhão representa o número de não-fumantes ou fumantes passivos.

“A partir da redução no consumo de cigarro, a gente espera mais qualidade de vida também para os não-fumantes, que ficam menos expostos ao cigarro”, explica o médico.

Para outra oncologista, Débora Curi, o aumento da expectativa de vida dos brasileiros também amplia o risco do desenvolvimento do câncer.

“Por isso, quanto menor o consumo de cigarro, mais qualidade de vida a longo prazo”, reforça.

Medo da covid acabou com o vicio

A jornalista e terapeuta holística Liz Fraga tinha o hábito de fumar ocasionalmente. Ela explica que fumava “no máximo de 4 a 5 cigarros” por dia e que um maço durava em média três dias. Mas ao descobrir, em 2020, que fumante fazia parte do grupo de risco da covid-19, optou por parar imediatamente.

“Eu fumava bem pouco. Apenas um cigarro depois do almoço, outro antes de dormir e outros dois ao longo do dia. Mas quando veio a pandemia eu fique com muito medo. Pensava no que poderia acontecer se eu pegasse covid. Então o medo fez com que eu parasse”, conta Liz.

Embora afirme que não tenha tido mudanças na disposição física no cotidiano, pois além de fumar poucos cigarros ao dia ela sempre teve o hábito da prática de atividades físicas, Liz reconhece que a respiração melhorou após parar com o tabagismo

“Eu sentia minha respiração diferente, ainda que não tivesse nada no pulmão. Quando parei, percebi que minha respiração melhorou imediatamente”, reconhece Liz.

O cigarro é responsável por cerca de 13 tipos de câncer:  pulmão, traqueia, pescoço, boca, laringe, esôfago, rim, fígado, pâncreas, bexiga, colorretal, colo do útero, leucemia mieloide aguda. As informações são do INCA.

Conceição reforça que a redução no consumo é uma mudança de hábito expressiva entre os brasileiros e pode indicar uma queda no surgimento de diversos tipos de câncer.

“Essa mudança de hábito também precisa resvalar na conscientização sobre a rotina de atividade de física. Com a população envelhecendo, os hábitos saudáveis são cada vez mais necessários a todos”, pontua Vinícius.

 

 

 

Você também pode gostar

Deixar uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais em:Brasil