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Brasil segue ONU e não reconhece Hamas como terrorista

Brasil segue ONU e não reconhece Hamas como terrorista

Foto: Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (27), que o Brasil não reconhece o Hamas como uma organização terrorista, seguindo as avaliações do Conselho de Segurança da ONU. No entanto, ele ressaltou que o país considera as ações do grupo radical islâmico como atos terroristas.

Durante um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, Lula afirmou: “A posição do Brasil é clara. O Brasil só reconhece como organização terrorista aquilo que o Conselho de Segurança da ONU reconhece, e o Hamas não é reconhecido pelo Conselho como organização terrorista, porque ele disputou eleições na Faixa de Gaza e ganhou”.

Apesar disso, o presidente condenou as ações do Hamas, descrevendo o ato como terrorista. Ele enfatizou a falta de consideração pelas consequências de tais ações, como ataques, assassinatos e sequestros. Lula também criticou o primeiro-ministro de Israel, alegando que sua tentativa de acabar com a Faixa de Gaza prejudica não apenas os soldados do Hamas, mas também mulheres e crianças que são as maiores vítimas desta guerra.

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Lula defendeu o diálogo como a solução para uma paz duradoura na região. Ele mencionou seus esforços em negociar com países amigos do Hamas para que libertem reféns e pediu ao governo de Israel que abra as fronteiras para permitir a saída de estrangeiros. A autoridade do Hamas declarou que a libertação de reféns só ocorrerá com um cessar-fogo.

O presidente brasileiro expressou preocupação com cerca de 30 brasileiros que ainda estão na Faixa de Gaza, aguardando a abertura da fronteira entre Israel e Egito. Lula reforçou a necessidade de um diálogo pacífico, afirmando que não se pode ignorar a responsabilidade pelas mortes de crianças em conflitos armados.

Desde o início do conflito, Lula conversou com líderes de diversos países, incluindo Israel, Autoridade Palestina, Irã, Turquia, Egito, Emirados Árabes, França, Rússia, Conselho Europeu e Catar. Ele também tem previstas conversas com líderes da China, Índia e África do Sul.

 

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