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Brasil completa oito semanas seguidas de alta nos casos de covid-19

Brasil completa oito semanas seguidas de alta nos casos de covid-19 | Reprodução/Unsplash

O Brasil chegou a oito semanas consecutivas de aumento na confirmação de casos de covid-19 no último sábado (16). O dado é do Instituto Todos pela Saúde (ITpS), que alertou para a maior circulação do vírus Sars-CoV-2 no País.

As análises do ITpS consideram a positividade dos testes para covid, ou seja, a proporção de exames realizados que apresentam resultado positivo.

Nas últimas quatro semanas, a taxa passou de 5% para 13%.

Grupos e regiões mais afetados

O crescimento foi registrado em todas as faixas etárias, com destaque para pessoas entre 30 e 59 anos, que concentram a maior alta.

Entre os estados, os maiores índices de positividade foram:

  • Distrito Federal: 19%

  • Rio de Janeiro: 18%

  • São Paulo: 18%

Em contrapartida, os demais vírus respiratórios seguem em baixa, com positividade igual ou inferior a 5%.

Especialistas alertam

Segundo o infectologista Marcelo Otsuka, presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), o aumento está dentro de um padrão que costuma se repetir nesta época do ano.

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“Desde o início da pandemia, percebemos que nesta época há um certo aumento, assim como em dezembro e janeiro. A sazonalidade do coronavírus ainda não está totalmente estabelecida, mas parece ser diferente da de outros vírus, como influenza e VSR”, explica.

O especialista reforça que a vacinação em dia é a forma mais eficaz de prevenção. Além disso, recomenda que pessoas com sintomas façam o teste rápido ou RT-PCR, evitem contato com grupos de risco (crianças pequenas, idosos e imunodeprimidos) e utilizem máscara em situações de suspeita de infecção.

Circulação de nova variante

Em julho, a Fiocruz confirmou a circulação da variante XFG no Rio de Janeiro, já detectada também em São Paulo, Ceará e Santa Catarina.

Originária do Sudeste Asiático, a linhagem foi classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “variante sob monitoramento”.

Para Otsuka, ainda não há dados suficientes para relacionar a XFG ao aumento recente dos casos no Brasil.

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