
Créditos: ACNUR Brasil/Allana Ferreira
O Brasil tem se destacado como um líder global no acolhimento de refugiados, de acordo com dados recentes do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). Em meio a uma crise global de deslocamento, o país abriga aproximadamente 710 mil pessoas em situação de refúgio, provenientes de diversas regiões afetadas por conflitos e crises ao redor do mundo.
Entre os grupos mais significativos acolhidos pelo Brasil estão cerca de 560 mil venezuelanos, 87 mil haitianos, 9 mil afegãos, além de indivíduos de outras nacionalidades. Esse engajamento do Brasil no acolhimento de refugiados é elogiado pelo representante da ONU para refugiados no país, Davide Torzilli, que destaca a política de asilo e proteção internacional historicamente aberta do Brasil.
O Ministério dos Direitos Humanos, sob a liderança de Silvio Almeida, desempenha um papel fundamental no apoio a essas pessoas. Em 2023, o Ministério lançou o aplicativo “Clique Cidadania”, em parceria com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), visando fornecer informações sobre direitos e assistência aos migrantes no Brasil. O aplicativo aborda uma ampla gama de tópicos, desde regularização migratória até educação e saúde.
Davide Torzilli ressalta que o Brasil continua a receber um número significativo de venezuelanos, com uma média de 400 a 450 chegando diariamente. O fluxo de refugiados, especialmente após a pandemia, tem colocado pressão adicional sobre os recursos humanitários no norte do país, conforme observado pelo representante da ONU.
O Brasil é reconhecido por suas práticas exemplares e uma legislação considerada generosa e avançada no que diz respeito aos direitos e oportunidades oferecidos aos solicitantes de refúgio. Davide afirma que o país está no caminho para se tornar um “campeão” não apenas regionalmente, mas também globalmente, no acolhimento e proteção de refugiados.