Foto: Antonio Cruz – Agência Brasil
A vacinação contra o HPV no Brasil passa a ser feita em dose única para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos. A medida, anunciada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, na noite de segunda-feira (1º), visa aumentar a cobertura vacinal e prevenir doenças como o câncer de colo de útero.
“Uma dose única da vacina protege contra vários tipos de doenças e cânceres causados pelo HPV, como o câncer de colo de útero. Não vamos deixar que crianças e jovens corram esse risco quando crescerem”, destacou a ministra em suas redes sociais.
Até então, o esquema vacinal no Brasil era de duas doses. A mudança segue a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), baseada em estudos que comprovam a eficácia da dose única para essa faixa etária.
Nísia Trindade também solicitou aos estados e municípios que realizem uma busca ativa por jovens com até 19 anos que ainda não receberam nenhuma dose da vacina. Assim, em 2023, foram aplicadas 5,6 milhões de doses do imunizante, o maior número desde 2018 e um aumento de 42% em relação a 2022.
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A vacina contra o HPV no SUS está disponível para:
- Meninas e meninos de 9 a 14 anos;
- Vítimas de abuso sexual de 15 a 45 anos (homens e mulheres) que não tenham sido vacinados;
- Pessoas que vivem com HIV;
- Transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea;
- Pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos.
Em março, o Ministério da Saúde incorporou ao SUS um teste inovador para detecção do HPV em mulheres. Contudo, a tecnologia utiliza testagem molecular para detectar o vírus e rastrear o câncer de colo de útero, permitindo a realização do teste a cada cinco anos.
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O teste é mais preciso que o exame Papanicolau, atualmente utilizado no SUS, que precisa ser realizado a cada três anos. Assim, essa medida visa reduzir a mortalidade por câncer de colo de útero, especialmente entre mulheres negras, pobres e com baixos níveis de escolaridade.
Enfim, o HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo e o principal causador do câncer de colo de útero. Dessa forma, estima-se que 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com a doença no Brasil a cada ano, a quarta mais comum e a quarta causa de morte por câncer em mulheres.
