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Botafogo vence o Atlético-GO em casa

Botafogo sofre, mas segura o placar e vence o Atlético-GO

Foto: Vitor Silva – Botafogo

O Botafogo reencontrou, nesta quinta-feira (18), o caminho da vitória no Estádio Nilton Santos. Em partida válida pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro 2024, o alvinegro derrotou o Atlético-GO por 1×0. Com isso, o técnico português Arthur Jorge conquista sua primeira vitória no comando técnico do time. De igual forma, o glorioso soma seus primeiros três pontos na competição, cujo título escapou no ano passado.

A torcida não compareceu ao estádio como outrora. E os cerca de 8 mil botafoguenses que foram ao Nilton Santos expressavam uma montanha russa de sentimentos, que iam da euforia a depressão profunda.

Não é segredo para quem acompanha o mundo da bola que a torcida do Botafogo já perdeu a paciência com o jovem Matheus Nascimento. Vê-lo titular do time, no lugar de Tiquinho Soares, gerou revolta e descrença.  Sobretudo, porque não houve alteração no esquema tático, pois Artur Jorge manteve a formação tática com quatro atacantes.

Matheus Nascimento até estava fazendo um bom jogo, mas sofreu uma contratura muscular, aos 20 minutos de jogo, e acabou substituído por Tiquinho, ainda no primeiro tempo.

Outros três jogadores estão na mira da ira da torcida do Botafogo: o goleiro Gatito Fernandes, o zagueiro Lucas Halter e Mateo Ponte. Mal sabiam estes alvinegros que a vitória teve participação crucial dos três atletas. Isso porque Ponte fez o gol da vitória, e tanto Halter como Gatito salvaram o Botafogo em dois lances claros de gol no segundo tempo, quando a equipe alvinegra sofreu para segurar o placar magro.

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Durante o jogo, ficou claro que a equipe ainda sofre para se adaptar ao novo estilo de jogo. Apesar da superioridade de volume de jogo do Botafogo no primeiro tempo, havia dificuldade e indefinição no último passe, bem como nas finalizações.

O destaque alvinegro ficou por conta de Tchê Tchê, que comandou o meio-campo. Com a entrada de Tiquinho no jogo, o Botafogo jogou no campo do adversário, e deu poucos espaços para que o Atlético-GO criasse. E o gol saiu de uma jogada coletiva.

O lance começa no meio-campo, com Mateo Ponte dando um passe para Tchê Tchê, que, se desloca para o lado direito do campo, e aciona Junior Santos. Nesse ínterim, Mateo Ponte se desloca por dentro, pois Tchê Tchê já dava opção pela direita. Porém, Junior Santos, num excelente passe vertical, encontra Luiz Henrique dentro da grande área. O craque alvinegro recebe a bola e faz a assistência para Mateo Ponte, que finaliza da entrada da área, sem chances para o goleiro.

O gol deu mais confiança ao Botafogo, que pressionou em busca do segundo gol, mas parou na boa atuação do goleiro Ronaldo em finalização de Jeffinho.

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A defesa se mostrou mais segura do que na estreia contra o Cruzeiro. Entretanto, as falhas persistem. Uma delas, no segundo tempo, quase termina em gol, após um erro de Halter, que se enrolou com Gatito. Para sorte do Botafogo, a bola não foi aproveitada pelos visitantes.

O Botafogo teve a oportunidade de matar o jogo em contra-ataques, mas falhou na finalização das jogadas. Em uma delas, Tiquinho Soares deixou Junior Santos na cara do gol, mas o atacante não finalizou. Indevidamente,  optou por tocar para Jeffinho, que não alcançou a bola. Pouco depois, Junior Santos teve mais uma chance, mas a bola bateu no defensor e quicou na linha do gol sem entrar.

As alterações promovidas por Artur Jorge na equipe, no decorrer da segunda etapa, não surtiram efeito positivo. Pelo contrário, irritaram a torcida na medida em que o time ficou muito exposto, apesar de uma formação mais ofensiva.

Patrick de Paula estava sem ritmo de jogo, enquanto Savarino cometeu erros em quase todos os lances em que pegou na bola, exceto uma boa finalização, aos 24″ do segundo tempo. Já Óscar Romero ainda não encontrou espaço no campo de jogo para exibir seu futebol, sobretudo nessa formação tática ainda não absorvida pelos atletas, e até mesmo Danilo Barbosa ficou perdido.

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Diante disso, o Botafogo ficou desorientado em campo, e sofreu muito dos 35 minutos da etapa final em diante. Inclusive, em razão do desgaste físico de muitos jogadores. Por fim, para sorte dos alvinegros, o jogo terminou. O glorioso poderia ter goleado o adversário, tal como o Atlético teve chances de empatar o jogo. Mais pela falta de eficiência do Botafogo do que por méritos.

Ficou claro que Artur Jorge precisa conhecer mais o Botafogo, e o futebol brasileiro. Como também deve ficar claro para o torcedor que o trabalho do treinador se assemelha a abastecer um avião em pleno voo. Vai precisar de tempo, paciência e doses de sofrimento.

FICHA TÉCNICA

Botafogo 1×0 Atlético-GO

Local: Nilton Santos (RJ)
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP)
Gol: Mateo Ponte, aos 31min do 1ºT (1×0)
Cartões Amarelos: Lucas Halter, Tiquinho Soares, Patrick de Paula (BOT); Pedro Henrique, Luiz Felipe, Bruno Tubarão, Rhaldney (AGO).
Botafogo: Gatito Fernández; Mateo Ponte, Lucas Halter, Bastos e Hugo; Gregore (Danilo Barbosa), Tchê Tchê, Luiz Henrique (Savarino)  e Jeffinho (Óscar Romero); Júnior Santos (Patrick de Paula) e Matheus Nascimento (Tiquinho Soares). Técnico: Artur Jorge.
Atlético-GO: Ronaldo, Bruno Tubarão, Luiz Felipe, Pedro Henrique e Guilherme Romão; Rhaldney (Yony González), Baralhas, Alejo (Vágner Love) e Shaylon; Luiz Fernando e Emiliano Rodríguez (Derek). Técnico: Emílio Faro (auxiliar).
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