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Bossa de Kay Lyra e Maurício Maestro é destaque nesta quinta (23) na Tijuca

Kay Lira e Maurício Maestro são casados desde 2013. Foto: acervo pessoal.

A noite desta quinta (23) promete ser de Bossa Nova raiz no Centro da Música Carioca Artur da Távola, na Tijuca, na Zona Norte do Rio. Isso porque Kay Lyra e Maurício Maestro vão se apresentar ao melhor estilo do gênero, com um banquinho e um violão a partir das 19 horas. Todos podem pagar a meia-entrada, que custa R$ 30.

Casados desde 2013, Kay e Maestro levam ao palco a sintonia que ambos também levam como casal. Em conversa com o portal Folha do Leste, a filha de Carlos Lyra explica que a fórmula do sucesso nas apresentações e da relação é uma só: música.

“A música sempre causa impacto na minha relação com o Mauricio, e isso é bom! Quem trabalha nessa área não tem simplesmente um emprego, mas vive música 24 horas do dia. Por isso ele me entende e vice-versa. Não tem como ser algo para meramente ganhar dinheiro, precisa ser mais do que isso. Temos realmente que acreditar na música que fazemos ou aquilo não faz o menor sentido e é melhor pensar no dinheiro, o que a música hoje dá cada vez menos. Quando nos casamos em Nova York, na Catedral da Saint Patrick, em 2013, estava gravada nas nossas alianças a palavra “Música”, pois foi através dela que nós nos conhecemos. Mais tarde, voltando da casa da mamãe em Ipanema, fomos assaltados e foram-se as alianças, mas ficou o amor!”, relembrou.

Influência do pai

Não tem como deixar de abordar a relação de Kay com Carlos Lyra na conversa. Morto em dezembro de 2023, a filha até hoje se emociona quando canta, por exemplo, a letra Minha Namorada nas apresentações.

Definindo-se como “a fã número 1”, Kay recorda da infância nos Estados Unidos onde teve o pai presente na educação cotidiana e na formação musical.

“Quando morávamos em Los Angeles, na década de 70, mamãe trabalhava fora e eu ficava em casa com papai. Sem babá, (isso lá fora é um luxo para poucos), ele me levava no mercado onde sempre encontrávamos com o ator Anthony Perkins, de ‘Psicose’. Fazíamos os afazeres da casa ouvindo música na vitrola, que tocava desde os musicais americanos até João Gilberto. Além disso, ouvíamos Tamba Trio, Dorival Caymmi, discos da Disney, ópera, e tudo o mais que nos alimenta a alma! Papai gostava, assim como eu, dos filmes de cowboy, muitas vezes dizia que se casou com mamãe por ela ser do Arizona”, recorda às gargalhadas, além de fazer referência a mãe, a atriz e escritora Kate Lyra.

Bossa com voz e violão

Sobre o formato do show, Kay explica que a Bossa “funciona de tudo quanto é jeito”, incluindo voz e violão. Para a cantora, a maneira como o ritmo foi elaborado permite uma variação de formatos de apresentações.

“Um show de bossa pode ser com orquestra, trio, só de voz e violão, e por aí vai. Isso é possível porque as melodias bem construídas, a letra poética, as harmonias sofisticadas tiveram influência do jazz, dos impressionistas da música clássica, como Gershwin e Bach, e variados ritmos brasileiros, como o samba, marcha rancho, marchinha, valsa, samba canção e tudo o mais”, detalha.

Maestro complementa a fala da esposa afirmando que o ritmo permite uma integração de harmonia e melodia com o público.

“A Bossa Nova como estilo teve sempre um caminho de simplicidade sintetizados no formato voz e violão. É a essência desse tipo de música, e se completa, podendo ou não agregar outras instrumentações. O público se vê integrado naquelas melodias e harmonias, e com a maneira delicada de cantar”, opinou Maurício Maestro.

O Centro da Música Carioca Artur da Távola fica na Rua Conde de Bonfim, 824, na Tijuca, próximo à estação Uruguai do metrô.

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