
Bombeiros finalizam combate a incêndio em fábrica de óleo na Ilha do Governador | Divulgação/Governo do Rio
Após 28 horas de trabalho, os bombeiros realizaram o rescaldo da área para evitar novos focos de incêndio. Durante a operação, foram utilizadas plataformas mecânicas, escadas e drones com câmeras térmicas para monitoramento das áreas mais quentes. Não houve registro de feridos.
Técnicas utilizadas no combate às chamas
Segundo a Defesa Civil, diversas estratégias foram aplicadas para conter o fogo. O uso de espuma específica para líquidos inflamáveis acelerou o resfriamento e abafou os produtos em combustão.
A fumaça densa gerada pelo incêndio foi vista de diferentes pontos do Rio e também de cidades próximas, como Caxias e Niterói.
Resíduos na Baía de Guanabara
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No domingo (9), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) anunciou a abertura de uma investigação para apurar causas e impactos ambientais do incêndio. O órgão solicitou ao Inea um relatório técnico detalhado sobre a operação da fábrica e seus possíveis danos à região.
A Polícia Civil, por meio da 37ª DP (Ilha do Governador), também instaurou um inquérito para investigar o caso.
Histórico de alertas sobre riscos na fábrica

Bombeiros finalizam combate a incêndio em fábrica de óleo na Ilha do Governador | Divulgação/Governo do Rio
A segurança da fábrica da Moove já havia sido alvo de questionamentos. Em 2018, o Movimento Baía Viva apresentou um inquérito ao MPRJ alertando sobre o risco de acidentes na unidade.
O documento mencionava o armazenamento de materiais inflamáveis e possíveis impactos ambientais na Ilha do Governador e arredores. A investigação segue pendente de informações do Inea e da Secretaria Municipal de Urbanismo.
No sábado (8), o Movimento Baía Viva reforçou que o Inea havia classificado as instalações da empresa como seguras no processo anterior.
Posicionamento da Moove
Em nota oficial, a Moove informou que o incêndio atingiu apenas a parte produtiva da fábrica. A empresa garantiu que os tanques de armazenamento e a comunidade do entorno não foram afetados.
Segundo a companhia, a unidade estava inoperante no dia do incidente e todos os protocolos de segurança foram seguidos. A Moove afirmou que iniciará uma análise para avaliar os danos e investigar as causas do incêndio.
A empresa atua no setor de lubrificantes e possui operações em mais de dez países da América do Sul, América do Norte e Europa. O Inea confirmou que a fábrica opera com licença válida até outubro de 2029.