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Bombeiros finalizam combate a incêndio em fábrica de óleo na Ilha do Governador

Bombeiros finalizam combate a incêndio em fábrica de óleo na Ilha do Governador | Divulgação/Governo do Rio

O Corpo de Bombeiros finalizou, na noite de domingo (10), o combate ao incêndio que atingiu a fábrica de óleo da Moove, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio. O fogo começou no sábado (8) e mobilizou mais de 116 agentes, 35 viaturas e 20 unidades operacionais.

Após 28 horas de trabalho, os bombeiros realizaram o rescaldo da área para evitar novos focos de incêndio. Durante a operação, foram utilizadas plataformas mecânicas, escadas e drones com câmeras térmicas para monitoramento das áreas mais quentes. Não houve registro de feridos.

Técnicas utilizadas no combate às chamas

Segundo a Defesa Civil, diversas estratégias foram aplicadas para conter o fogo. O uso de espuma específica para líquidos inflamáveis acelerou o resfriamento e abafou os produtos em combustão.

A fumaça densa gerada pelo incêndio foi vista de diferentes pontos do Rio e também de cidades próximas, como Caxias e Niterói.

Resíduos na Baía de Guanabara

Mesmo com o controle das chamas, técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) encontraram resíduos oleosos na Baía de Guanabara. Para conter a dispersão, equipes seguem atuando na retirada do material e reforçando barreiras de contenção.

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No domingo (9), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) anunciou a abertura de uma investigação para apurar causas e impactos ambientais do incêndio. O órgão solicitou ao Inea um relatório técnico detalhado sobre a operação da fábrica e seus possíveis danos à região.

A Polícia Civil, por meio da 37ª DP (Ilha do Governador), também instaurou um inquérito para investigar o caso.

Histórico de alertas sobre riscos na fábrica

Bombeiros finalizam combate a incêndio em fábrica de óleo na Ilha do Governador | Divulgação/Governo do Rio

A segurança da fábrica da Moove já havia sido alvo de questionamentos. Em 2018, o Movimento Baía Viva apresentou um inquérito ao MPRJ alertando sobre o risco de acidentes na unidade.

O documento mencionava o armazenamento de materiais inflamáveis e possíveis impactos ambientais na Ilha do Governador e arredores. A investigação segue pendente de informações do Inea e da Secretaria Municipal de Urbanismo.

No sábado (8), o Movimento Baía Viva reforçou que o Inea havia classificado as instalações da empresa como seguras no processo anterior.

Posicionamento da Moove

Em nota oficial, a Moove informou que o incêndio atingiu apenas a parte produtiva da fábrica. A empresa garantiu que os tanques de armazenamento e a comunidade do entorno não foram afetados.

Segundo a companhia, a unidade estava inoperante no dia do incidente e todos os protocolos de segurança foram seguidos. A Moove afirmou que iniciará uma análise para avaliar os danos e investigar as causas do incêndio.

A empresa atua no setor de lubrificantes e possui operações em mais de dez países da América do Sul, América do Norte e Europa. O Inea confirmou que a fábrica opera com licença válida até outubro de 2029.

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