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Bombeiro é condenado por tentativa de homicídio após atirar em funcionário do McDonald’s

Bombeiro é condenado por tentativa de homicídio após atirar em funcionário do McDonald's

Foto: Reprodução – Redes Sociais

A princípio, um sargento do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, Paulo Cesar Albuquerque, foi condenado a 12 anos de prisão por tentativa de homicídio qualificado contra um funcionário do McDonald’s. O crime ocorreu em maio de 2022, em uma unidade da lanchonete no bairro da Taquara, na Zona Oeste do Rio.

A sentença foi lida na noite desta quinta-feira (27) pelo juiz Gustavo Kalil, do 4º Tribunal do Júri do Rio. O magistrado também fixou em R$ 100 mil o valor da indenização por danos morais a ser paga pelo bombeiro à vítima.

O desentendimento entre o sargento e o funcionário começou após Paulo Cesar exigir um desconto de R$ 4 em seu pedido. O funcionário informou que não seria possível fazer o desconto, o que enfureceu o cliente. Ele então quebrou a proteção de acrílico e deu um soco no funcionário. O funcionário revidou a agressão, e o sargento sacou uma arma e atirou no funcionário, atingindo-o no rim esquerdo e no intestino grosso.

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Contudo, a vítima sobreviveu ao ataque, mas teve que passar por cirurgias e ainda sofre com as sequelas do crime. Ele toma remédio para dormir, perdeu um rim e parte do intestino, anda mancando e faz fisioterapia em decorrência da lesão provocada na coluna. Foi aposentado por invalidez. Sua mãe teve que largar o trabalho para poder cuidar dele, diminuindo a renda da família. Estava juntando dinheiro para fazer faculdade de veterinária, o que agora não é possível, pois parou sua vida para fazer o tratamento.

Ainda assim, o agressor disse que o tiro foi dado de forma acidental. Ele justificou o disparo por conta do consumo de bebida alcoólica, remédios controlados, problemas na vida pessoal e por ter sofrido uma ofensa homofóbica por parte do funcionário.

O sargento teve sua prisão preventiva decretada no dia 20 de maio do ano passado e desde então está em uma unidade prisional do Corpo de Bombeiros. O juiz Gustavo Kalil manteve a prisão e decretou a perda do cargo de bombeiro do acusado, medida condicionada ao trânsito em julgado da sentença, quando esgotados todos os recursos.

 

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