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Nesta terça-feira (31), o Ministério da Saúde de Gaza divulgou que pelo menos 50 pessoas perderam suas vidas e quase 150 ficaram feridas em um ataque aéreo israelense no campo de refugiados de Jabalia, o maior entre os oito abrigos existentes no enclave palestino. De acordo com a declaração emitida pelo ministério, “pelo menos 20 edifícios” foram completamente destruídos.
Marwan Sultan, diretor do Hospital Indonésio, localizado próximo ao campo de refugiados e com capacidade limitada de atendimento, informou que a unidade estava recebendo centenas de feridos e que várias dezenas de mortes já foram confirmadas.
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Imagens gravadas pela AFP mostram voluntários removendo os corpos de pelo menos 47 pessoas dos escombros, enquanto buscam desesperadamente por sobreviventes entre os blocos de concreto. Segundo a ONU, aproximadamente 116 mil refugiados palestinos vivem no campo de Jabalia, que tem uma área de apenas 1,4 km².
Ali, três escolas administradas pela agência das Nações Unidas para refugiados palestinos (UNRWA) foram convertidas em abrigos para centenas de famílias deslocadas.
Foto: Aris MESSENIS – AFP
Registros mostram que o campo de Jabalia já foi alvo de ataques ao longo da guerra atual, com ataques ocorrendo nos dias 9, 12, 19 e 22 de outubro. A questão da superlotação é realçada pela al-Jazeera, que reporta que “os abrigos são construídos muito próximos uns dos outros e há uma falta geral de espaço social e de recreação.
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Em muitos casos, os residentes tiveram que acrescentar andares extras aos seus abrigos para acomodar suas famílias. Muitas vezes, esses andares não têm um projeto adequado. Muitos vivem em condições precárias”, conforme relatório da UNRWA.
Um dos moradores do campo de refugiados, Ragheb Aqal, de 41 anos, comparou a explosão a um terremoto e expressou seu horror ao testemunhar “casas enterradas sob os escombros e partes de corpos, mártires e feridos em grande número”.
Foto: AFP
Autoridades israelenses não se manifestaram até o momento sobre as explosões em Jabalia, localizada no norte do enclave palestino, fora da Cidade de Gaza. Eles têm pedido que os civis palestinos se desloquem para a Cidade de Gaza para evitar os ataques. Nos últimos dias, ocorreram também incursões terrestres do exército israelense na área.
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Esta é a maior campanha militar de Israel em Gaza após o ataque terrorista organizado pelo Hamas em 7 de outubro, que resultou na morte de cerca de 1,4 mil israelenses e milhares de feridos. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, do lado palestino, mais de 8 mil pessoas morreram e milhares ficaram feridas.
A violência tem escalado em Gaza, e a crise humanitária no local aumenta. O ataque ocorreu mesmo com alertas internacionais sobre a situação, em um dia em que tropas israelenses e combatentes do Hamas estavam envolvidos em “ferozes batalhas”. Israel relatou a morte de dois soldados no enclave nesta terça-feira.
