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Bolsonaro em Niterói: ex-presidente oficializará apoio a Carlos Jordy para a Prefeitura neste sábado (20)

Bolsonaro em Niterói: ex-presidente oficializará apoio a Carlos Jordy para a Prefeitura neste sábado (20)

Bolsonaro em Niterói: ex-presidente oficializará apoio a Carlos Jordy para a Prefeitura neste sábado (20), na Praia de Icaraí | Reprodução

Está confirmada para a manhã do próximo sábado (20), às 10h30, na Praia de Icaraí, a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, em Niterói. Ele já está cumprindo agenda com diversos pré-candidatos no Estado do Rio de Janeiro. A vinda de Bolsonaro ao evento deve oficializar o apoio dele à candidatura do deputado federal Carlos Jordy (PL) à Prefeitura de Niterói.

O parlamentar é um dos mais leais à agenda política de Jair Bolsonaro e aliado de primeira hora de toda família. Desde que se elegeu para a Câmara Federal pela primeira vez, em 2018, Jordy sempre esteve mais alinhado às agendas  e discussões políticas nacionais. Tanto que chegou à liderança da bancada de oposição – atualmente licenciado – por conta disso.

Nas eleições desse ano, Carlos Jordy deverá ter como adversários o ex-prefeito Rodrigo Neves (PDT); a deputada federal Talíria Petrone (Psol) e Bruno Lessa (Podemos).

“Depois de muito disse-me-disse, de muitos questionamentos, será que Bolsonaro vai estar em Niterói no dia 20? Hoje (11) vocês viram que ele finalmente anunciou que estará aqui em apoio a minha pré-candidatura. Vamos juntos resgatar Niterói”, declarou Jordy, comemorando a vinda do Messias.

 

Nas eleições de 2022, o duelo entre os atuais pré-candidatos à prefeitura Carlos Jordy (PL) e Talíria Petrone (Psol) para a reeleição para a Câmara dos Deputados, teve resultado final muito acirrado, com pequena soma de votos separando os dois candidatos. Enquanto Jordy foi o mais votado em Niterói, Talíria ficou em segundo lugar na cidade. A diferença entre os dois ficou em 454 votos.

Deputado Federal em Niterói
1º – Carlos Jordy (PL): 22.508 votos (7,63%)
2º – Taliria Petrone (PSOL): 22.054 votos (7,48%)

Bolsonaro perdeu em Niterói

No estado do Rio de Janeiro, pode-se dizer que o bolsonarismo prevalece em, pelo menos, 72 cidades, incluindo a capital. Entretanto, das quatro cidades do estado escolhidas para essa primeira largada, ele perdeu para Lula em três delas no segundo turno das eleições presidenciais. Ou seja, venceu apenas no Rio e Janeiro, tendo sido derrotado em Niterói, Itaguaí e Angra dos Reis.

Dentre todos os pré-candidatos fluminenses que ganharão o reforço de Bolsonaro nesta fase já de organização de convenções partidárias, Carlos Jordy vive a situação menos tensa. Apesar de o PT estar na base de apoio do governista Rodrigo Neves (PDT), ele acabará dividindo votos do presidente Lula com a deputada federal Talíria Petrone (Psol).

Logo, o que ele precisa evitar é o crescimento da terceira via, de centro, representada por Bruno Lessa (Podemos). O ex-vereador tenta se comunicar com quem está cansado das famosas agendas de costumes da direita e da esquerda.

Em contrapartida ao plano de Bruno Lessa, a estratégia escolhida por Bolsonaro como a ideal para esse momento consiste em antecipar o debate nacional sobre a sucessão municipal de 2026. Isso pode consolidar em torno de Jordy os votos que a direita de fato tem, em Niterói, fragmentando os votos da esquerda e de centro entre os três candidatos.

Só que o time do PDT de Rodrigo Neves rapidamente fez a leitura desse cenário e buscou um nome outsider: o da atleta olímpica e gestora de projetos Isabel Swan (PV). Além disso, reforçou a retaguarda política, atraindo ex-candidatos formadores de opinião dos eleitores de centro: Felipe Peixoto (PSD) e Juliana Benício (Cidadania). Tenta reforçar os laços com a classe empresarial através da Câmara de Dirigentes Logistas sob intermédio do vereador Fabiano Gonçalves (Republicanos) e do secretário de Administração e presidente da entidade, Luiz Vieira.

Largada

Em ano de eleições municipais e de jogos olímpicos, uma competição, em especial, se destaca: a maratona eleitoral. E um de seus principais corredores sequer está estará concorrendo diretamente na disputa: o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).

Porém, pode-se dizer que ele será o principal participante desse processo, seja para o sucesso ou fracasso de alguns postulantes ao cargo. Nesse embalo, Bolsonaro já deu início, nesta quinta-feira (18), a essa corrida, pois ele sabe melhor do que seus aliados quem ficará com o ônus da derrota e todos os prejuízos políticos: ele mesmo.

Assim sendo, visando dar propulsão às candidaturas de seus afiliados, Bolsonaro cumpre agenda no Rio de Janeiro a partir de quinta-feira (18), começando pelo Rio de Janeiro e Baixada Fluminense.

A largada aconteceu na Praça Saenz Peña, na Tijuca, no Rio, às 10h30, num ato político em que acenou apoio ao deputado federal Alexandre Ramagem. Ele terá como adversários o prefeito Eduardo Paes (PSD), que concorre à reeleição, bem como o deputado federal Tarcísio Mota (Psol).

A batalha de Ramagem

O desafio de Ramagem consiste em convencer os bolsonaristas cariocas que o ex-presidente está com ele. Isso em razão do desgaste causado pela descoberta do um grampo de uma conversa íntima ainda no tempo em que Bolsonaro era presidente da República, associado ao escândalo da Abin Paralela.

E outras palavras, vale dizer que outros nomes ligados ao Bolsonarismo e à direita, como os do deputado federal Marcelo Queiroz (PP); e do deputado estadual Rodrigo Amorim (União Brasil) também estão na disputa.

Em seguida, às 17h, Bolsonaro percorre o calçadão de Duque de Caxias, junto com Netinho Reis (MDB), sobrinho do ex-prefeito Washington Reis e pré-candidato à sucessão, que enfrentará nas urnas o ex-prefeito Zito (PV).

Na sexta-feira (19), mais um ato, na capital. Dessa vez, na Zona Oeste, em Campo Grande, no tradicional calçadão do bairro, às 10h30, novamente com Alexandre Ramagem.

Na sequência, outra agenda na Baixada Fluminense. Dessa vez, em Itaguaí, às 14h na sede do PL, em Itaguaí, em reforço a pré-campanha do ex-deputado federal Alexandre Valle (PL). Para fechar o dia, Bolsonaro vai ao Sul Fluminense, na praça General Osório, em Angra dos Reis, às 17h, para somar esforços no sentido de aumentar o engajamento dos bolsonaristas na campanhas de Renato Araújo (PL), que concorrerá contra Cláudio Ferreti (MDB), indicado e apoiado pelo atual prefeito Fernando Jordão que é do PL – partido de Bolsonaro.

Por fim, fechando a primeira parte da “maratona”, Bolsonaro amanhece no sábado (20), em Niterói, às 10h na praia de Icaraí, em adesão à candidatura do deputado federal Carlos Jordy, líder licenciado da oposição no Congresso Nacional e seu aliado político de primeira hora.

O efeito Bolsonaro

Mesmo diante de tantos escândalos e polêmicas, na verdade, a intervenção de Bolsonaro no início da disputa terá saldo positivo, pois ele se comporta como um refletor de luz para quem está iluminando a casa com um cotoco de vela.

Muitos de seus aliados – a maior parte deles – depende muito de pegar carona em seu carisma, de surfar a sua onda, de ao menos um sopro do capitão na vela de seu barco.

Ao mesmo tempo, falando o português mais claro e cristalino, da transferência direta de votos do “capitão” para ter algum sucesso eleitoral. Principalmente, no estado do Rio de Janeiro, onde ele derrotou Lula em 72 dos 92 municípios, inclusive na capital, no segundo turno das eleições. Se considerarmos apenas o primeiro turno, apenas em Niterói Lula chegou na frente de Bolsonaro.

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