BrasilJustiça

Bolsonaro depõe no STF e se desculpa por fala sobre ministros

Bolsonaro depõe no STF e se desculpa por fala sobre ministros | Ton Molina/STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou, nesta terça-feira (10), os depoimentos dos investigados por envolvimento na tentativa de golpe de Estado em 2022. O ex-presidente Jair Bolsonaro foi o sexto réu a prestar esclarecimentos, em uma ação penal que investiga o suposto núcleo central da articulação golpista.

Durante a oitiva, Bolsonaro se desculpou por falas anteriores em que afirmava que ministros do STF teriam recebido valores em dólares durante o período eleitoral.

“Foi um desabafo, uma retórica. Me desculpe, não tive qualquer intenção de acusar de desvio de conduta”, afirmou ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo.

A defesa de Bolsonaro havia pedido a exibição de vídeos durante o interrogatório, mas o pedido foi negado por Moraes. O material foi autorizado apenas para ser anexado aos autos. Ao chegar à Corte, Bolsonaro reagiu com ironia à negativa:

“Não achei nada”.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) considera Bolsonaro uma figura central na organização criminosa acusada de planejar a ruptura democrática.

+ MAIS NOTÍCIAS DO BRASIL? CLIQUE AQUI

Além de Bolsonaro, também prestaram depoimento nesta semana:

  • Mauro Cid (ex-ajudante de ordens)

  • Alexandre Ramagem (deputado federal)

  • Almir Garnier (ex-comandante da Marinha)

  • Anderson Torres (ex-ministro da Justiça)

  • Augusto Heleno (ex-ministro do GSI)

Outros réus no processo incluem os generais Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto. Segundo a PGR, o grupo é acusado por cinco crimes:

  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito (pena de 4 a 8 anos)

  • Golpe de Estado (pena de 4 a 12 anos)

  • Organização criminosa (pena de 3 a 8 anos)

  • Dano qualificado ao patrimônio público (pena de 6 meses a 3 anos)

  • Deterioração de patrimônio tombado (pena de 1 a 3 anos)

O processo entra na fase final da instrução, momento em que são colhidas provas e versões dos réus. Após essa etapa, há possibilidade de diligências complementares. Em seguida, abre-se prazo de 15 dias para as alegações finais antes do julgamento pela Primeira Turma do STF.

Você também pode gostar

Deixar uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais em:Brasil