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Boas novas ou presente de grego?

Boas novas ou presente de grego?

Boas novas ou presente de grego? | Marina Garcia/Fluminense FC

Domingo, 21 de julho.

Até mais ou menos as 22h, o Fluminense era o lanterna do Brasileiro, com apenas oito pontos ganhos conquistados. Estava em campo, na Arena

Pantanal, enfrentando o Cuiabá – o tal jogo de seis pontos, afinal de contas, o Dourado está na luta, como o Tricolor, para fugir do rebaixamento.

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O garoto Kauã Elias entrou e marcou o gol que decretaria a vitória do Fluminense. Enquanto isso, começava a circular a notícia que o time carioca seria convidado pela Fifa para participar do Intercontinental de 2024, um novo formato de Mundial de clubes que acontecerá agora quando não houver o Super Mundial.

Complicado, não é mesmo? Vou tentar explicar.

A cada quatro anos (começando em 2025) teremos o Super Mundial de Clubes com 32 equipes. Serão 12 da Europa, seis da Conmebol, e mais asiáticos, africanos, times da Concacaf (os campeões continentais dos quatro anos anteriores), além do time do país anfitrião. Nos outros três anos, um intercontinental com o campeão europeu jogando apenas a final, depois que os outros campeões continentais se mataram.

No caso de 2024, por causa do calendário, parece (repito, parece) que a Fifa não terá datas para esperar a final da Libertadores. Sendo assim, o Fluminense seria convidado, como “campeão em exercício” da Libertadores, para a competição. Na notícia divulgada, o Fluminense enfrentaria o Pachuca, do México, no Maracanã, para definir se chegaria à semifinal, no Qatar, contra o ganhador do confronto entre africanos, asiáticos e representante da Oceania (no caso, este deveria fazer dois jogos).

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A partir daí, tudo virou especulação. A Fifa ainda não confirmou nada – mas também não desmentiu. E por isso eu demorei, até agora, para tratar do tema.
Neste momento, com o Fluminense em 19º lugar no Brasileiro, ainda a seis pontos de distância do primeiro time fora do Z-4, este convite mais parece um presente de grego. Como exigir foco no Brasileiro com a possibilidade de disputar, pelo segundo ano consecutivo, um Mundial (ainda que com outro nome)?

Só que, neste momento, o Fluminense precisa apenas ter olhos para o Brasileiro. Já imaginaram disputar o Super Mundial, nos Estados Unidos, tendo de parar de jogar a Série B? E os prejuízos financeiros?
Claro que poder disputar três Mundiais em sequência é algo grandioso, que mexe com a cabeça de qualquer torcedor, só que o fantasma do rebaixamento também é algo que incomoda, muito, o tricolor.

Repito que a Fifa ainda não confirmou nada, mas também não negou. O Fluminense, na situação em que se encontra, deveria recusar o convite? E se não for, quem seria o convidado? O Boca Juniors, que perdeu a decisão de 4 de novembro? A LDU, que ganhou a Sul-Americana e perdeu a Recopa para o Fluminense?

As decisões são muito difíceis e cabem, neste momento, totalmente à Fifa. Só que a galera tricolor está sem saber se faz festa ou fica ainda mais tensa.

 

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