
Festas juninas elevam casos de queimaduras no Rio de Janeiro | Edu Kapps/SMS
Com a chegada das festas juninas, um dado preocupante volta a se repetir: o número de queimaduras nas festas juninas cresce significativamente, com aumento de até 30% nos atendimentos emergenciais. Fogueiras, fogos de artifício e até balões tornam-se riscos reais, principalmente para crianças.
Hospitais em todo o estado do Rio já registram aumento nos casos de queimaduras associadas às comemorações juninas. De acordo com o Ministério da Saúde, os atendimentos por queimaduras crescem até 30% durante o mês de junho. O cenário exige atenção redobrada de pais, organizadores de eventos e autoridades locais.
Segundo a Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ), o uso de fogueiras e fogos de artifício é o principal fator de risco. Crianças lideram as estatísticas de acidentes, muitas vezes por brincadeiras próximas ao fogo ou manuseio inadequado de artefatos explosivos.
“É cultural, mas precisa ser seguro. Um erro mínimo pode deixar sequelas para a vida toda”, alerta o cirurgião plástico e membro da SBQ, Dr. André Marques.
Além das queimaduras de primeiro e segundo grau, também são comuns os casos de intoxicação por inalação de fumaça e acidentes oculares causados por fogos mal direcionados. Em zonas rurais e cidades do interior, a situação é ainda mais crítica, pela ausência de centros especializados em queimados.
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Para reduzir os riscos, especialistas indicam evitar acender fogueiras em locais fechados ou com vegetação próxima, supervisionar crianças a todo momento e usar fogos apenas sob orientação. A venda de artefatos explosivos a menores de idade é proibida, mas a fiscalização segue falha.
Algumas cidades já adotam campanhas educativas e barreiras sanitárias para coibir o uso de fogueiras em espaços públicos. No entanto, o impacto real depende de consciência coletiva.
“Sempre priorize água resfriada para minimizar a dor e procure por um serviço médico, em uma clínica da família, se o ferimento for superficial, ou em UPAs, ou unidades hospitalares, conforme a gravidade e extensão da área atingida.”