A Tijuca, bairro localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro, vive um cenário crescente de insegurança. A sensação de vulnerabilidade é constante entre os moradores, que relatam assaltos frequentes em diversas ruas da região, com diferentes modalidades e horários. A escalada da criminalidade preocupa tanto os residentes quanto as autoridades locais.
Moradores Descrevem Assaltos Diários em Diferentes Locais
Em uma rede social, uma moradora da Rua Barão de Mesquita compartilhou seus desabafos sobre a onda de assaltos no bairro. Segundo ela, os crimes acontecem todos os dias na altura do número 164.
“Estamos apavorados, pedindo ajuda”, escreveu a residente, destacando a gravidade da situação.
Outra moradora da mesma rua confirmou a realidade, mencionando que crimes também ocorrem em frente ao número 70. Ela relatou que a polícia foi avisada e fotos dos criminosos foram enviadas.
Crimes São Relatados em Diversas Ruas e Horários
Não é só na Barão de Mesquita que os assaltos acontecem. Uma outra moradora, que reside na Rua Maria Amália, também mencionou a frequência dos roubos.
“Aqui também tem assalto todo dia. Pode ser de manhã, à tarde ou à noite, não tem horário certo”, afirmou.
Os relatos vão além e incluem outras ruas do bairro, como Avenida Paula Souza e Avenida Maracanã, áreas próximas ao Maracanã, além da região da Uruguai, nas imediações da Rua Engenheiro Ernani Cotrim.
Estratégias dos Moradores para Enfrentar a Violência
A jovem moradora da Tijuca compartilhou uma estratégia que adotou para se proteger dos assaltos. Ela relatou que os criminosos, que costumam ser os mesmos, são tão frequentes que passou a andar com um celular antigo e pouco dinheiro, esperando diminuir os prejuízos em caso de roubo.
“São tão frequentes e conhecidos que se tornam até de estimação. A gente já sabe o que esperar, mas os guardas nunca estão na hora certa”, explicou.
Modos de Ação dos Criminosos Preocupam a Comunidade
Os moradores também destacam a diversidade nos métodos utilizados pelos criminosos.
“Eles podem estar sozinhos, acompanhados, a pé ou de carro”, observou uma moradora.
+ MAIS NOTÍCIAS DO RIO DE JANEIRO? CLIQUE AQUI
Outra comentou que os assaltantes atuam com diferentes meios de transporte, incluindo a pé, de moto ou até de bicicleta. A sensação de impotência e medo é generalizada.
“Estamos entregues à sorte”, lamentou outra moradora, evidenciando a insegurança constante.
Desabafo Coletivo: “Triste Fim da Cidade”
Os relatos de assaltos e o aumento da criminalidade na Tijuca geraram uma série de desabafos entre os moradores.
Frases como “Triste fim da cidade do Rio de Janeiro” e “Rio abandonado” foram registradas. Muitos consideram que o bairro, assim como outros locais da cidade, está “entregue às moscas” e sem o devido suporte das autoridades.
Estatísticas de Criminalidade Confirmam o Aumento de Roubos
As estatísticas corroboram os relatos dos moradores. Segundo levantamento realizado pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), janeiro de 2025 apresentou um aumento expressivo no número de roubos na Tijuca, comparado ao mesmo período do ano anterior.
O roubo a transeuntes, por exemplo, saltou de 27 ocorrências para 60, um aumento de 122%. Já o roubo de celulares teve um crescimento ainda maior, passando de 24 para 67 registros, o que representa uma alta de 179%.
No total, o número de roubos, incluindo diferentes modalidades, como roubo de veículos, bicicletas, residências e comércios, aumentou de 93 para 174 casos, marcando um crescimento de 87%.
Ações da Polícia Civil e Militar na Tijuca
Em resposta ao aumento da criminalidade, a Polícia Civil informou que está investigando a atuação de grupos criminosos na Tijuca e trabalha para identificar e responsabilizar os envolvidos. A corporação também está atuando em parceria com a Polícia Militar para intensificar o combate aos assaltos na região.
O 6º Batalhão da Polícia Militar, localizado na Barão de Mesquita, foi questionado sobre a situação, mas afirmou que, para fornecer informações detalhadas sobre as ocorrências, seria necessário saber as datas dos crimes específicos. A associação de moradores da Tijuca não respondeu aos pedidos de comentário.