
Audiência pública na Alerj: a importância da Faperj para a ciência | Divulgação Alerj
Na última sexta-feira (01), o Plenário do Edifício Lúcio Costa, sede da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), se transformou em um espaço de reflexão e debate. A Comissão de Ciência e Tecnologia promoveu uma audiência pública com servidores, acadêmicos e representantes de instituições científicas. O objetivo? Discutir os desafios e as expectativas em relação à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).
A presidente da Comissão, Elika Takimoto (PT), abriu o evento com um anúncio importante: solicitar uma reunião com o governador Cláudio Castro. A intenção é discutir questões como o reajuste anual das bolsas para pesquisadores e a continuidade dos projetos em andamento.
“Estamos falando de uma das principais instituições que impulsionam a pesquisa no país”, destacou Takimoto, enfatizando a necessidade de um diálogo aberto entre a comunidade científica e o governo.
Dani Balbi, vice-presidente do Colegiado e deputada do PCdoB, reforçou o papel vital da Faperj.
“A missão da Faperj é financiar a pesquisa, ciência e tecnologia, essenciais para o desenvolvimento social e humano no Rio de Janeiro”, afirmou.
Segundo Balbi, a sensibilização do governo sobre a importância da fundação é crucial para garantir a continuidade de seus projetos e a manutenção de seu orçamento.
Editais e orçamentos
Durante a audiência, foram apresentados dados sobre as atividades da Faperj. Em 2023, a fundação lançou cerca de 30 editais. Para 2024 já são mais de 26, contemplando bolsas de estudo, auxílios a projetos e programas de inovação.
O orçamento atual da instituição é de R$ 637 milhões, representando apenas 2% da dotação estadual. Para 2025, a previsão é de um aumento para R$ 650 milhões. A Faperj conta com aproximadamente 9.500 bolsistas, desde a pré-iniciação científica até o pós-doutorado.
Natália Trindade, representante da Associação Nacional de Pós-Graduados, ressaltou a importância da Faperj para a permanência de profissionais no estado.
“A Faperj nos proporciona infraestrutura digna e a possibilidade de sobrevivência por meio do trabalho de pesquisa”, comentou.
Para Trindade, a fundação não é apenas uma agência de fomento, mas um instrumento de política social, que contribui para a geração de emprego e renda.
A presidente da Associação de Servidores da Faperj, Luciana Lopez, fez um apelo à audiência.
“A Faperj não é apenas uma instituição, ela é um símbolo de nosso potencial como sociedade”, afirmou.
Lopez convocou todos a defender a fundação, argumentando que investir nela é essencial para o progresso da ciência e da tecnologia no estado.
A audiência contou com a presença de vários deputados, incluindo Carlos Minc (PSB) e Flávio Serafini (Psol), além de figuras proeminentes da comunidade científica, como Jandira Feghali (PCdoB) e Ana Tereza, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O evento, portanto, se revelou não apenas um espaço de debate, mas um chamado à ação para garantir o futuro da pesquisa no Rio de Janeiro.