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Atividade física: a solução para suas dores crônicas

Atividade física: a solução para suas dores crônicas

Pacientes que sofrem com dores crônicas decorrentes de fibromialgia e lombalgia crônica muitas vezes enfrentam dificuldades para manter uma rotina ativa. Isso ocorre porque essas dores exigem um tratamento complexo, e a maioria dos pacientes também costuma ter rigidez muscular e dor após o esforço físico.

Embora muitos pacientes dependam exclusivamente de medicamentos, uma análise realizada pela Liga Europeia contra o Reumatismo mostra que a prática de atividade física é a principal indicação para o tratamento de dor crônica.

Foram analisados quase 3 mil artigos científicos, concluindo que o tratamento inicial para esses pacientes deve ser livre de medicamentos, priorizando o exercício físico aeróbico e muscular. A inclusão de medicamentos só deve ocorrer se essas medidas não se mostrarem bem-sucedidas.

Segundo o neurologista Márcio Siega, fundador da Clínica Modula Dor, “manter-se ativo mesmo com dor é melhor do que entrar em repouso. Ou seja, quando se está com dor, é necessário se mover. Em momentos de crise, é recomendado realizar exercícios leves. O repouso é contraindicado”.

Uma única sessão de exercício aumenta a produção de substâncias que temporariamente inibem a dor, enquanto o exercício contínuo possui um efeito de longa duração.

Atividade física: a solução para suas dores crônicas

Foto: Divulgação

O neurologista da Modula Dor destaca as três principais ferramentas para combater dores crônicas:

1. Exercício físico: Os exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida, natação e dança, são os mais recomendados.

“Muitos pacientes estão sedentários no momento do diagnóstico, então orientamos começar com exercícios leves e aumentar gradualmente, pelo máximo de dias que conseguirem. Mas, para obter resultados, recomendamos, no mínimo, 150 minutos por semana”, explica Siega.

Ele ressalta que os exercícios de força podem ser adicionais, mas nunca devem substituir os aeróbicos.

2. Psicoeducação: Essa prática envolve fornecer informações ao paciente.

“Explicar a doença, os detalhes do diagnóstico e as opções de tratamento muda a percepção do próprio paciente sobre a doença”, comenta o neurologista.

É um trabalho de conscientização, incentivando o paciente a adotar hábitos saudáveis, desde a alimentação até a prática de exercícios e um sono adequado.

“Trabalhamos o medo do paciente em relação ao processo de tratamento, dores e movimentação, além de desfazer mitos e crenças que limitam a recuperação total. Por isso, é necessário dedicar mais tempo a esses pacientes”, ressalta.

3. Práticas alternativas: Além dos exercícios supervisionados, outras abordagens podem ser usadas para auxiliar na reabilitação do paciente.

“Embora uma técnica isolada possa não trazer resultados consideráveis, quando combinada com outras, pode trazer um resultado significativo com comprovação científica”, explica Siega.

Ele indica acupuntura, massagem terapêutica, balneoterapia (especialmente com água quente), terapia cognitivo-comportamental, fisioterapia miofascial, hidroterapia, hipnoterapia, meditação para redução do estresse, biofeedback, mindfulness, ioga, estimulação cerebral transcraniana, Laserterapia e estimulação elétrica transcutânea.

Quanto mais opções o paciente realizar simultaneamente, melhor será o resultado. Na Modula Dor, a maioria desses tratamentos é oferecida como Modulação Neural da Dor, com 30 sessões a serem realizadas em um período de seis meses, com cada sessão tendo duração de uma hora.

 

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