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Os responsáveis pelo assassinato do advogado Rodrigo Marinho Crespo no Centro do Rio utilizaram o Aterro do Flamengo como rota de fuga, conforme revelado por imagens de câmeras de segurança ao longo da Avenida Marechal Câmara, logo após o homicídio.
O veículo branco, possivelmente um Gol, utilizado pelo autor dos disparos contra Rodrigo Marinho Crespo, desceu a Avenida Marechal Câmara, seguindo a rota de fuga captada pelas câmeras de segurança. Após passarem pela Defensoria Pública e pelo Ministério Público, os criminosos seguiram pela Rua Santa Luzia em direção à Santa Casa de Misericórdia. Em seguida, prosseguiram pela Avenida General Justo até alcançarem o Aterro do Flamengo. Deste ponto, tinham a opção de seguir para a Zona Sul ou, possivelmente, retornar em direção à Zona Norte através do Túnel Prefeito Marcello Alencar, próximo ao Aeroporto Santos Dumont.

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Na última terça-feira (27), uma equipe da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) montou uma força-tarefa para buscar imagens que ajudassem a reconstruir a rota de fuga e colher depoimentos de testemunhas.
Rodrigo foi alvejado por pelo menos 18 tiros quando deixava seu escritório no número 160 da Avenida Marechal Câmara para uma pausa. Era habitual para ele sair por volta das 17h, comprar uma bebida em uma banca de jornal e comer um sanduíche de um vendedor ambulante. Na tarde do crime, o atirador, vestindo preto e uma touca ninja, o esperava em um carro branco, demonstrando ter estudado seu alvo.
Quando Rodrigo estava na calçada, a cerca de 50 metros da sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o atirador saltou do veículo e o chamou pelo nome. O advogado olhou e foi atingido por vários tiros. Seu primo, que estava com ele, tentou se proteger atrás de um táxi. O criminoso estava armado com uma pistola 9 milímetros e rapidamente voltou para o carro. Rodrigo ficou no chão, e eram 17h14, com pouco movimento na área devido ao fechamento de estabelecimentos e agências bancárias.
Na tarde seguinte, nenhum funcionário do escritório Marinho e Lima Advogados compareceu, de acordo com as recepcionistas do edifício Orly. Rodrigo trabalhava lá com seu sócio, Antônio Vanderler Lima Junior, que, segundo familiares, está em estado de choque. Ao contrário do dia anterior, havia presença da Polícia Militar e de uma empresa de vigilância nas proximidades do local do crime, mas o clima ainda era de medo e surpresa.