Crime aconteceu no colégio MV1 – André Freitas/Folha do Leste
O assassinato do porteiro Sebastião Lair Hipólito, na última sexta-feira (23), no Colégio MV1, em Icaraí, Zona Sul de Niterói, acentuou o debate entre políticos da cidade de Niterói. Enquanto a ala governista criticou o planejamento na área da segurança, a oposição cobrou ações mais efetivas de assistência social.
Divulgação/Câmara Municipal
O prefeito Axel Grael (PDT) afirmou que há deficiência de efetivo do 12º BPM (Niterói). O mandatário ainda afirmou que o governo municipal deseja voltar a gerir o Segurança Presente (antigo Niterói Presente), operação de policiamento complementar.
“Me solidarizo com a família e amigos, sobretudo da escola em que trabalhava. Apesar de não ser nossa obrigação constitucional, queremos voltar a colaborar com o Governo do Estado, pagando salários de policiais e coordenando a estratégia para garantir o patrulhamento a segurança dos niteroienses”, disse Grael.
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Já o vereador Douglas Gomes (PL), que compõe o bloco oposicionista na Câmara Municipal e é vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos, afirmou que Niterói carece de políticas públicas eficazes em relação a usuários de drogas em situação de rua. Essas pessoas são apontadas por diversos crimes ocorridos na cidades, como roubos, furtos e arrombamentos.
“Neste momento de luto, não podemos deixar de expressar nosso repúdio à omissão da Prefeitura de Niterói diante do alarmante crescimento do número de moradores de rua viciados em nossa cidade. A falta de políticas públicas eficazes para lidar com essa crise humanitária é inaceitável e demanda ações imediatas e enérgicas por parte das autoridades competentes”, sublinhou.
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O vereador Anderson Pipico (PT), que compõe a base do governo, fez coro ao discurso de Grael e pediu que o Segurança Presente volte a ser gerido pela Prefeitura. O parlamentar ainda criticou o uso político do caso e pediu que o debate sobre segurança pública seja feito em prol da cidade.
“Deixando claro, mais uma vez, a necessidade do retorno do programa Niterói Presente, que era uma parceria do governo estadual com o governo municipal, que de forma política, unilateral e irresponsável foi interrompida, por decisão do governo do estado, e com isso prejudicando a atuação e a efetivação desse exitoso programa nas ruas de nossa cidade”, afirmou.
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Outro vereador da oposição, Professor Túlio (PSol) evitou entrar na discussão se o assassinato do porteiro foi motivado por problemas nas políticas de assistência social ou por ineficácia no patrulhamento ostensivo. O político preferiu focar em prestar solidariedade à família da vítima e destacar que instituições de ensino devem ser ambientes seguros.
“Muito triste a notícia sobre a morte de um profissional da educação dentro de uma escola particular em Icaraí, Niterói. Toda solidariedade à sua família e à comunidade escolar. A cidade, sobretudo suas escolas, deve ser segura para todos. Que o caso seja devidamente apurado”, ponderou.
Integrante da base do governo, o vereador Adriano Boinha (PDT) adotou postura semelhante à de Túlio e enfatizou a necessidade de o caso ser devidamente apurado além de haver ações efetivas para prevenir que novos casos do tipo ocorram. Boinha afirmou, ainda, que recebeu a notícia do assassinato de Sebastião com “tristeza e indignação”.
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“É inadmissível que algo assim aconteça, e é a prova de que medidas mais rígidas e eficazes precisam ser tomadas para garantir a segurança da sociedade. Nossos pensamentos estão com a família e amigos da vítima, que agora têm que lidar com a dor dessa situação. Que a justiça seja feita, e que medidas sejam tomadas para evitar que tragédias como essa aconteçam novamente”, pontuou.
De acordo com a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG), agentes do Segurança Presente conduziram o assassino à sede da especializada, momentos após o crime. Lá, a DHNSG o autuou em flagrante pelo crime de latrocínio contra a vítima. A Polícia Civil ainda confirmou que o homem, após este crime, ainda roubou duas pessoas, que registraram ocorrências na 77ª DP (Icaraí). O Segurança Presente apreendeu os pertences dessas vítimas com o bandido, logo após o assassinato.
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