
Foto: Divulgação – Ascom
No período de outubro de 2022 a outubro de 2023, o Projeto Aruanã, em parceria com a Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, recebeu 302 registros de tartarugas marinhas, totalizando 439 indivíduos. Esses dados são resultado de uma campanha que incentivou a comunidade a enviar fotos ou vídeos de encontros com esses animais, vivos ou mortos, por meio de redes sociais, site institucional ou número de celular.
Além de promover a coleta de informações em ampla escala espacial e temporal, o Programa de Ciência Cidadã tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre as ameaças enfrentadas pelas tartarugas marinhas e destacar a importância da conservação ambiental. Outro objetivo do programa é alimentar um banco de dados científicos sobre as tartarugas marinhas na região da Baía de Guanabara e águas costeiras adjacentes.
Para mapear as áreas de ocorrência e concentração das espécies, além de avaliar as condições de saúde e possíveis ameaças, é fundamental obter informações como o local, data e horário do registro, tamanho aproximado do animal e presença de marcas ou doenças.
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Do total de tartarugas registradas, 57,6% estavam vivas, sendo que 2,5% delas foram encaminhadas para reabilitação por estarem debilitadas. Já os indivíduos mortos representaram 42,4%. As imagens enviadas pela comunidade documentaram cinco espécies de tartarugas marinhas, com predominância das tartarugas-verdes (Chelonia mydas), registradas em 72% dos casos.
Niterói liderou os registros de tartarugas marinhas, com 55% do total, seguido pelo Rio de Janeiro, com 18,5%. Esses números são reflexo do histórico de atuação do Projeto Aruanã nessas localidades. A análise das imagens revelou casos de interação com pesca, fibropapilomatose, colisão com embarcações, interação com lixo e amputação de nadadeiras. Essas interações representam as principais ameaças para as tartarugas marinhas e reforçam a importância do monitoramento e conservação dos ambientes marinhos e costeiros.
Projeto Aruanã
O Projeto Aruanã, dedicado à conservação das tartarugas marinhas da Baía de Guanabara e regiões costeiras adjacentes, promove pesquisas científicas e ações de conscientização para engajar a sociedade na proteção desses animais.
Em parceria com pescadores e diversas instituições, o projeto busca fomentar políticas públicas e contribuir para a preservação dos ecossistemas marinhos. A partir de 2022, a Petrobras se tornou parceira do projeto por meio do Programa Petrobras Socioambiental.