
Foto: AFP
Javier Milei, economista libertário e ultraliberal de 53 anos, assume neste domingo (10) a Presidência da Argentina, com o objetivo de enfrentar a crise econômica do país. Apesar de precisar do apoio da oposição, Milei está determinado a implementar medidas drásticas para reverter a situação. De maneira irreverente, Milei se refere à política tradicional como “a casta” e fará um discurso aos cidadãos, na praça em frente ao Congresso.
A posse coincide com os 40 anos do fim da última ditadura militar iniciada em 1976. Líderes de diversos países, como Chile, Paraguai, Ucrânia, Hungria, e o rei da Espanha, estarão presentes na cerimônia. A Argentina enfrenta uma inflação anualizada acima de 140% e uma taxa de pobreza de mais de 40%.
Milei propõe redução de gastos públicos, diminuição do Estado e liberalização, medidas que desafiam a cultura de subsídios e déficits fiscais no país. Apesar das expectativas, Milei terá que conciliar suas reformas com outras forças políticas, uma vez que seu partido é apenas a terceira minoria no Congresso.
“Leia mais notícias Internacionais aqui”
O novo presidente também terá que tomar decisões importantes em relação à desvalorização do peso e redução de gastos. A dolarização, um tema central de sua campanha, foi adiada até que sejam obtidos resultados concretos de seu plano econômico. A primeira prova de fogo para Milei será decidir se interrompe a emissão de dinheiro ou adota uma postura mais pragmática.
Além disso, Milei enfrentará um desafio na área social, já que seu ministério sairá com apenas metade dos cargos do governo anterior. Apesar do entusiasmo de seus apoiadores, há também preocupação com os possíveis impactos de suas medidas econômicas.
A inflação continua sendo uma grande preocupação e algumas pessoas não veem um futuro promissor para o país. No entanto, Milei garante que a assistência social aos mais necessitados será mantida em seu governo.