Quatro partidas da segunda rodada do Campeonato Brasileiro foram marcadas por polêmicas envolvendo decisões da arbitragem. Os lances geraram reações de clubes, dirigentes e torcedores, provocando cobranças públicas à Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Clubes da Série A e B haviam apoiado a reeleição de Ednaldo Rodrigues, atual presidente da CBF. Mesmo com o apoio, a entidade reduziu investimentos na avaliação dos árbitros. A informação foi divulgada pela revista Piauí.
A reportagem também mostrou aumento de 330% nos salários dos presidentes de federações e gastos de R$ 3 milhões com 49 pessoas sem relação direta com a instituição durante a Copa do Mundo do Catar.
Pênalti decisivo em Sport x Palmeiras
O lance mais comentado da rodada aconteceu na vitória do Palmeiras por 2 a 1 contra o Sport, no Recife. Aos 42 minutos do segundo tempo, Bruno Arleu de Araújo assinalou pênalti por toque de Matheus Alexandre em Raphael Veiga. O VAR Rodrigo Nunes de Sá manteve a decisão sem revisão na tela.
Guilherme Falcão, vice de futebol do Sport, criticou duramente a decisão em coletiva.
“Vergonha para a arbitragem brasileira”, declarou.
O clube emitiu nota oficial cobrando responsabilizações. Parte da torcida do Palmeiras também discordou da marcação, entre eles o ídolo Marcos.
Expulsão polêmica em Internacional x Cruzeiro
No jogo entre Internacional e Cruzeiro, outro lance gerou protestos. Jonathan Jesus foi expulso aos 20 minutos da etapa inicial. O árbitro Marcelo de Lima Henrique interpretou falta em Enner Valencia como ocasião clara de gol e aplicou o cartão vermelho. A decisão foi ratificada pelo VAR, sob comando de Daiane Muniz.
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Com um jogador a menos, o Cruzeiro perdeu por 3 a 0. Pedro Lourenço, dono da SAF do clube mineiro, criticou publicamente a decisão. A diretoria buscou contato com a comissão de arbitragem. Alexandre Mattos, CEO do time, postou imagem com a legenda “assalto a mão armada” nas redes sociais. O atacante Gabigol também comentou:
“Enquanto isso… a preocupação é subir na bola”.
Reclamação do São Paulo por falta de cartão
Em Belo Horizonte, o São Paulo empatou sem gols com o Atlético-MG. A arbitragem gerou queixas do time paulista por não aplicar o segundo cartão amarelo a Lyanco após falta em Ferraresi. Luis Zubeldía, treinador do São Paulo, foi expulso por aplaudir o árbitro de forma irônica.
Calleri foi expulso com 13 minutos em campo, após acertar cotovelada em Junior Alonso. Rafael garantiu o empate com defesas importantes. No fim, Lyanco recebeu o segundo amarelo por nova falta em Ferraresi.
Revisão do VAR evita pênalti inexistente
Na Vila Belmiro, Santos e Bahia empataram por 2 a 2. Um pênalti poderia ter sido marcado contra o Bahia. Alex Gomes Stefano viu toque de mão de Erick Pulga após desvio de Thaciano e marcou penalidade.
Porém, a bola tocou no rosto do atacante. O VAR, operado por Gilberto Rodrigues Castro Junior, alertou o árbitro sobre o erro. O lance foi corrigido e o jogo seguiu empatado.
As polêmicas de arbitragem reacenderam discussões sobre critérios e preparação dos juízes no Brasileirão 2024. A CBF ainda não comentou oficialmente os casos.