
Foto: Redes Sociais
No dia 8 de outubro, Edivan Reis, de 34 anos, morador do Morro do Preventório, em Niterói, morreu eletrocutado por um fio de energia solto. Menos de um mês após a tragédia, o Estado do Rio de Janeiro passa a contar com uma lei cujo objetivo é evitar que novos casos do tipo aconteçam.
As concessionárias e permissionárias de serviço público, bem como qualquer empresa privada que utilize fios em postes de sustentação, serão obrigadas a realizar o alinhamento dos cabos que estão em uso ou a retirada daqueles que se encontram inutilizados em um prazo de 180 dias.
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A Lei, na prática, diminui o prazo para a adequação dos postes, que era de dois anos, segundo a Lei 8.588/19. A norma em vigor já obrigava o alinhamento ou retirada dos fios.
“Não tinha sentido um prazo tão grande para tirar fios em desuso, que além de causarem poluição visual, também são perigosos para a população”, justificou o deputado Júlio Rocha.
Chamados não atendidos e morte
Segundo testemunhas, um cabo de alta tensão caiu na calçada da Travessa Cândida, após uma queda de árvore durante a tempestade que atingiu Niterói no dia anterior à morte de Edivan. Um representante da associação de moradores alega ter feito contato com a Enel às 19h. E que a companhia havia prometido solucionar a situação até 22h, o que não ocorreu.
Na manhã do dia seguinte, o morador caminhava pelo local quando acidentalmente encostou no cabo de energia solto. Equipes do Quartel de Charitas dos Bombeiros se deslocaram para o local após pedido de socorro. Porém, já encontraram a vítima sem vida.
Na ocasião, a Enel lamentou o caso, informou que segue padrões rigorosos de segurança em suas operações e que fez contato com a família para oferecer assistência. Presidente da CPI da Enel na Câmara Municipal, o vereador Leonardo Giordano (PCdoB) enviou requerimento de persecução penal contra a empresa ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e à Polícia Civil para que a empresa fosse responsabilizada criminalmente.
As investigações seguem em andamento.