Estado do Rio de Janeiro

Angra 1: Eletronuclear conclui etapa para operação por mais 20 anos

Angra 1: Eletronuclear conclui etapa para operação por mais 20 anos

Foto: Divulgação – Angra 1 da Eletronuclear

A Eletronuclear concluiu a terceira Reavaliação Periódica de Segurança (RPS) de Angra 1 e entregou o relatório final à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). A documentação passará agora pela avaliação da CNEN, que garante a eficiência e segurança contínua da usina. O foco do relatório é o processo de Operação de Longo Prazo (LTO), solicitado à Comissão em 2019, com validade até dezembro de 2024. Caso a licença seja aprovada, entrará em vigor em 2025.

Dentre os aspectos analisados no relatório estão o desempenho de segurança, planejamento de emergência, impacto radiológico no meio ambiente, sistema de gerenciamento e cultura de segurança, qualificação de equipamentos e uso da experiência de outras usinas. No último dia 13, a Eletronuclear entregou a versão final da RPS, após ter enviado a penúltima etapa do material em setembro, incluindo a avaliação de 14 Fatores de Segurança, de acordo com as diretrizes da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

José Augusto do Amaral, coordenador da Diretoria Técnica da Eletronuclear e responsável pelo LTO, destacou a interação positiva com a CNEN nos últimos anos e a expectativa de alcançar o objetivo até 2024.

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A Eletronuclear tem como um de seus principais projetos institucionais a renovação da Licença de Operação de Angra 1, solicitada formalmente à CNEN em 2019. A vigência atual do documento termina em dezembro de 2024. Para manter a capacidade de geração de energia elétrica de forma limpa e segura, sem a necessidade de construir uma nova usina, a empresa tem realizado medidas e avaliações técnicas.

Foram realizados avanços significativos, como a substituição de geradores de vapor, aplicação de sobrecamada de solda nos bocais do pressurizador, troca da tampa do vaso de pressão do reator e substituição dos transformadores principais. Além disso, programas como o gerenciamento da obsolescência, inspeções e manutenção de estruturas de concreto foram implementados.

Projetos de melhoria de segurança e modernização de sistemas e equipamentos estão previstos para serem executados entre 2023 e 2028, com um investimento de aproximadamente 400 milhões de dólares.

Aproximadamente 200 pessoas estão envolvidas diretamente nos projetos relacionados ao tema. Segundo Amaral, é estratégico prolongar a operação de usinas existentes, além de promover novos empreendimentos. A partir de 2025, serão disponibilizados ao Sistema Integrado Nacional (SIN) mais 640 MW de capacidade a um custo competitivo e com eficiência operacional comprovada.

Nova presidência da Eletronuclear

A Eletronuclear recebeu um novo diretor-presidente. O Conselho de Administração da empresa nomeou Raul Lycurgo Leite para o cargo, e ele tomou posse em 18 de abril. Lycurgo é advogado de formação e já trabalhou em empresas renomadas do setor como Cemig e Taesa.

Durante sua carreira, ocupou diversos cargos de gestão, incluindo diretor jurídico na Cemig e diretor-presidente e diretor jurídico e de regulação na Taesa.

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Além disso, é Procurador Federal desde 2002 e membro da Comissão de Direito de Infraestrutura do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) desde 2020.

Lycurgo possui mestrado em Direito Internacional pela American University Washington College of Law e pós-graduação em Direito Econômico e das Empresas, bem como em Direito Tributário, pela Fundação Getúlio Vargas.

 

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