Consumidores não terão cobrança extra na conta de luz em setembro, conforme decisão da Aneel. A bandeira verde continua em vigor para todos os conectados ao SIN. A escassez hídrica terminou, permitindo condições favoráveis de geração de energia. Os reservatórios das usinas hidrelétricas estão com níveis satisfatórios, atingindo uma média de 87% no início do período seco.
Caso as outras bandeiras tarifárias fossem instituídas, a conta de luz refletiria o aumento de até 64% aprovado pela Aneel em junho de 2022. Os reajustes justificaram-se pelo aumento da inflação e pelo maior custo das usinas termelétricas, devido ao encarecimento do petróleo e do gás natural.
A Aneel aprovou uma consulta pública para reduzir as bandeiras tarifárias em até 36,9%. A justificativa é a alta nos reservatórios, a expansão das energias eólica e solar e a queda dos preços internacionais dos combustíveis fósseis.
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As bandeiras tarifárias, criadas em 2015, indicam os custos variáveis da geração de energia elétrica. Quando a conta é calculada pela bandeira verde, não há acréscimo. Já as bandeiras amarela e vermelha acarretam em aumentos, que variam de R$ 2,989 a R$ 9,795 a cada 100 kWh consumidos.
Durante a vigência da bandeira de escassez hídrica, de setembro de 2021 a abril de 2022, os consumidores pagavam R$ 14,20 extras a cada 100 kWh consumidos.
O Sistema Interligado Nacional abrange praticamente todo o país, dividido em quatro subsistemas. Apenas algumas partes de estados da Região Norte e de Mato Grosso, além de Roraima, não são cobertas pelo SIN. Existem 212 localidades isoladas do SIN, onde a demanda é suprida por térmicas a óleo diesel.