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Alafiou! Viradouro confirma favoritismo e é campeã do Carnaval

Julinho e Rute, mestre-sala e porta-bandeira – Foto: Rafael Arantes/Viradouro/Divulgação

O título do Carnaval voltou para Niterói! A Unidos do Viradouro confirmou o favoritismo e se sagrou a grande campeã de 2024. Este é o terceiro campeonato conquistado pela agremiação, que já detinha os troféus de 1997 e 2020. Este ano, a agremiação passou de forma arrebatadora pela Marquês de Sapucaí, com o enredo “Arroboboi, Dangbé”, desenvolvido pelo carnavalesco Tarcísio Zanon.

Dessa forma, a Viradouro se firma como a principal escola de samba dos últimos anos. Desde seu retorno ao Grupo Especial, em 2019, a agremiação conquistou dois títulos, dois vices e um terceiro lugar. A vermelho e branco de Niterói passou pela avenida já na madrugada de terça-feira (13) e, com uma apresentação praticamente perfeita, logo se colocou como a principal postulante ao título.

A Viradouro alcançou a pontuação máxima, 270 pontos – com notas 10 (válidas) em todos os quesitos. E superou a Imperatriz Leopoldinense, segunda colocada, por uma diferença de 0,7 décimos.

Mesmo com o recurso apresentado por quatro escolas, que poderia lhe render uma punição de 0,5 pontos, por conta de, em tese, ter apresentado um quantitativo de figurantes acima do permitido pelo regulamento, a escola deu um passeio na apuração sobre suas adversárias. Mas, com tamanha diferença de pontuação, não haveria diferença no resultado. Caso haja deferimento do recurso, a diferença cai para 0,2, o que não mudaria a classificação da escola.

 

A rainha de bateria Érika Januza – Foto: Rafael Arantes/Viradouro/Divulgação

O desfile

O desfile mostrou a história da manutenção das crenças dos povos da região da Costa da Mina. Segundo o carnavalesco Tarcísio Zanon, eles vivem na perseverança das sacerdotisas voduns. Tratam-se de mulheres escolhidas e iniciadas em ritos de louvor à serpente sagrada, cujas trajetórias místicas se entrelaçam em combates épicos, camuflagens táticas e resiliência vital.

Ainda de acordo com Zanon, o culto à serpente tem manifestação desde épicas batalhas na Costa ocidental da África. E influenciou as lutas das guerreiras Mino, do reino de Daomé, iniciadas espiritualmente pelas sacerdotisas voduns, dinastia de mulheres escolhidas por Dangbé, a serpente real.

Os 3.500 componentes da Viradouro incorporaram a energia do culto estabeleido no Brasil com a instalação de terreiros na Bahia por Ludovina Pessoa, sacerdotisa daomeana. Ela chegou ao Brasil com a missão de perpetuar a crença nos voduns.

Ludovina também se torna liderança nas irmandades católicas e na formação do que hoje é o candomblé Jeje. Essa linhagem tem como referência o Terreiro do Bogum, centenário templo religioso em Salvador, dedicado à serpente.

Foto Reprodução/Facebook/Viradouro

Além da força do canto da comunidade, a Viradouro teve como pontos altos do seu desfile o bom gosto combinado com muito luxo e excelente acabamento das alegorias e fantasias. Igualmente, a bateria do Mestre Ciça deu show se versatilidade rítmica, numa excelente sintonia com o puxador Wander Pires.

Julinho e Rute Alves deram mais um show com seu bailado, defendendo com garbo e elegância o pavilhão da Viradouro.

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