Com a retomada do funcionamento do sistema Imunana-Laranjal na noite de sexta-feira (5), neste sábado (6), a Águas do Rio deu prazo até terça-feira (9) para regularizar o abastecimento. A concessionária é responsável pelo fornecimento de água em São Gonçalo, Itaboraí, bem como nas localidades de Inoã e Itaipuaçu, em Maricá; e Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro.
Segundo a concessionária, a distribuição de água para os consumidores ocorrerá de forma gradativa, dentro do prazo de até 72h. No entanto, a Águas do Rio segue pedindo aos seus clientes para economizar água.
“A Águas do Rio orienta os seus clientes a manterem a água de cisterna e caixas d’água reservada para as atividades prioritárias, adiando tarefas que demandem alto consumo. A empresa segue à disposição pelo 0800 195 0 195, disponível para ligações gratuitas e mensagens via WhatsApp”, disse, em nota.
O prazo dado pela Águas do Rio supera em 24 horas o fornecido pela concessionária Águas de Niterói, que prometeu regularizar o abastecimento até segunda-feira (8).
A falta de água
A captação e distribuição de água estava parada desde às 5h59 de quarta-feira (3). Porém, após 64 horas e 43 minutos, a Cedae retomou, às 22h42 desta sexta-feira (6), a captação e tratamento de água do Sistema Imunana-Laranjal. Diante disso, previu que a produção chegaria a 100% durante a madrugada. A captação e distribuição de água estava parada desde às 5h59 de quarta-feira (3).
Primeiras providências
Inicialmente, técnicos da Cedae e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) trabalharam para descobrir o que havia alterado a qualidade da água bruta (ainda não tratada) no manancial de captação.
Na quinta-feira (4), a companhia revelou se tratar de um produto químico, o polueno. Também disse ter descoberto o local de vazamento, próximo a um oleoduto desativado da Petrobrás.
Para impedir a progressão do poluente até a Estação de Tratamento de Água, a Cedae montou uma barreira, em conjunto com o Inea, para impedir que os poluentes chegassem até o ponto de captação.
Com a adoção dessa providência, o presidente da Cedae, Aguinaldo Ballon, chegou a dizer que o fornecimento de água voltaria ainda na quinta-feira, pois os níveis do poluente estavam caindo. Mas isso, por si só, não bastou e somente serviu para criar uma falsa expectativa na população em agonia.
Força-tarefa
As medidas eficazes só foram tomadas na sexta-feira (5), com o governador Cláudio Castro interferindo diretamente na situação, determinando a ampliação da força-tarefa. Primordialmente, com a participação da Petrobras e as concessionárias Águas do Brasil e Águas do Rio. Já estavam atuando no problema as secretarias de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, da Polícia Civil, da Polícia Militar, bem como o Inea e a própria Cedae.
Após uma reunião de trabalho, Inea, Cedae e Petrobras cederam maquinário para remover o poluente que contamina a água dos rios, ao passo que a Petrobras e a Transpetro disponibilizaram barreiras de contenção. Por exemplo, recolhedores de oleofílico e vertedouro e mantas absorventes.
Assim, na tarde de sexta-feira, pôde ter início o trabalho de isolamento e sucção do composto químico tolueno no ponto crítico do Sistema Imunana-Laranjal.
Demora nas ações
Certamente, a demora na adoção destas providências, aprofundaram a população do Leste Fluminense neste problema. Mesmo havendo a necessidade de somente restabelecer o serviço com total segurança, caso as ações da força tarefa tivessem implementação antes, a solução viria, possivelmente, de forma mais veloz.
Bom , até o momento itaipuaçu não tem água. Pensei que fosse acordar hoje ouvindo minha caixa d’água transbordando. Mas não. Infelizmente 😞