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Apesar da retomada da operação da estação de tratamento Imunana-Laranjal, moradores do bairro Icaraí, em Niterói, continuam enfrentando problemas no abastecimento de água nesta quarta-feira (10). A concessionária Águas de Niterói reconhece que alguns locais ainda podem ter reflexos da crise, mas os residentes relatam transtornos persistentes e falta de soluções definitivas.
Leonardo Soares, morador da Rua Geraldo Martins, 155, afirma que o fornecimento no seu prédio é insuficiente desde a detecção da substância tóxica tolueno na água.
“A água só cai de madrugada, com pouco volume e fraca, não abastecendo o prédio com dois blocos e diversas unidades”, relata. “Somos obrigados a encher baldes para cozinhar e tomar banho de caneca. É um descaso”, completa, mencionando o custo adicional com pipas d’água e a ineficiência dos canais de atendimento da concessionária.
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A Águas de Niterói informa que o abastecimento está sendo retomado gradativamente, mas admite que áreas pontuais, principalmente em pontas de rede, ainda podem ter problemas. A empresa disponibiliza canais de contato para reclamações, mas os moradores relatam dificuldades em obter respostas e soluções.
A contaminação por tolueno afetou cerca de 2 milhões de pessoas em Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Inoã, Itaipuaçu e Ilha de Paquetá. A operação da estação Imunana-Laranjal foi interrompida na semana passada, mas voltou a operar após a redução da substância para níveis seguros.
O Governo do Estado iniciou a segunda fase da Operação Águas Limpas para apurar a origem do tolueno. A força-tarefa cumpre mandados de busca e apreensão em empresas que utilizam a substância em seus processos de produção.
