Na tarde desta sexta-feira (08), o empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, que atuava como delator de esquemas do Primeiro Comando da Capital (PCC) ao Ministério Público de São Paulo, foi morto a tiros no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
O crime ocorreu por volta das 16h no desembarque do Terminal 2 e está sendo tratado como execução pela polícia. Câmeras de segurança capturaram a ação, que envolveu um veículo suspeito, um Gol preto, estacionado em frente a um ônibus da Guarda Civil Metropolitana.
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Apesar do rápido atendimento do Corpo de Bombeiros, Gritzbach não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O veículo utilizado na ação foi encontrado posteriormente em uma comunidade próxima, contendo munições de fuzil e um colete balístico. Ainda nas proximidades do aeroporto, ocorreu outro tiroteio próximo ao Hotel Pullman, levando à internação de duas pessoas em estado grave.
Antônio Gritzbach, além de atuar como empresário, colaborou com o Ministério Público, onde havia assinado um acordo de delação premiada em março deste ano.
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Nos últimos meses, ele vinha revelando esquemas de lavagem de dinheiro relacionados ao PCC e casos de corrupção policial. Gritzbach foi acusado de lavagem de mais de R$ 30 milhões, boa parte movimentada através da compra e venda de imóveis e postos de gasolina.
Além de delatar atividades ilícitas, Gritzbach também tinha antecedentes criminais, incluindo acusações de assassinato. Ele foi ouvido pela morte de dois membros do PCC em 2021, e sua colaboração com o MP envolveu o detalhamento de transações em criptomoedas e o funcionamento de células do PCC.
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Gritzbach estava retornando de Goiás, acompanhado de sua namorada e de segurança, quando foi interrogado fora do aeroporto. De acordo com a investigação, ele contava com quatro seguranças, mas o veículo de sua equipe teria apresentado problemas técnicos no caminho de Cumbica. Uma das seguranças, que havia ficado com o filho de Gritzbach, testemunhou a execução.
O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e a Delegacia Especializada em Atendimento ao Turista (DEATUR) lideraram as investigações, pois o crime aconteceu na área externa do aeroporto. Todos os envolvidos na segurança de Gritzbach foram identificados e serão ouvidos.