Um crime com requintes de crueldade. Em uma das piores espécies de tortura humana que existe. Nada que até mesmo os mais experientes repórteres consigam deixar de exprimir repulsa ao ter que escrever sobre tal fato. Falamos desse tribunal paralelo que o poder público finge não ver. Como se varresse a sujeira para debaixo do tapete – ou da terra.
O Hospital Estadual Alberto Torres (HEAT), mantido com o dinheiro dos nossos tributos, está arcando com os custos da internação de um adolescente, de 17 anos, com 95% do seu corpo queimado.
Ele foi temperado pela tortura e queimado pela torpeza no chamado “micro-ondas” – onde pessoas são presas entre aros de pneus. Local onde bandidos, por hábito, aplicam seus castigos a quem eles acham jus.
O Júri: traficantes que atuam em São Gonçalo, no bairro Pita. Data provável do fato: sexta-feira (19/5). Estado de saúde do rapaz: gravíssimo, na UTI do HEAT. Não se sabe, até então, de envolvimento da vítima com o tráfico.